Não há propriamente uma história da filosofia
cristã, assim como há uma história da filosofia grega ou da filosofia moderna,
pois no pensamento cristão, o máximo valor, o interesse central, não é a
filosofia, e sim a religião. Entretanto, se o cristianismo não se apresenta, de
fato, como uma filosofia, uma doutrina, mas como uma religião, uma sabedoria,
pressupõe uma específica concepção do mundo e da vida, pressupõe uma precisa
solução de problemas filosóficos. É o teísmo e o cristianismo. O cristianismo
fornece ainda uma – imprescindível – integração à filosofia, no tocante à
solução do problema do mal, mediante os dogmas do pecado original e da redenção
pela cruz. E, enfim, além de uma justificação histórica e doutrinal da
revelação judaico-cristã em geral, o cristianismo implica uma determinação,
elucidação, sistematização racional do próprio conteúdo sobrenatural da
Revelação, mediante uma disciplina específica, que será a teologia dogmática.
Pelo que diz respeito ao teísmo , salientamos que o
cristianismo o deve, historicamente, a Israel. Mas entre os hebreus o teísmo
não tem uma justificação, uma demonstração racional, como, por exemplo,
em Aristóteles, de sorte que, em definitivo, o
pensamento cristão tomará na grande tradição especulativa grega esta
justificação e a filosofia em geral. Isto se realizará graças especialmente à
Escolástica e, sobretudo, a Tomás
de Aquino. Pelo que diz respeito à solução do problema do mal,
solução que constitui a integração filosófica proporcionada pelo cristianismo
ao pensamento antigo – que sentiu profundamente, dramaticamente, este problema
sem o poder solucionar – frisamos que essa representa a grande originalidade
teórica e prática, filosófica e moral, do cristianismo. Soluciona este o
problema do mal precisamente mediante os dogmas fundamentais do pecado original
e da redenção da cruz. Finalmente, a justificação da Revelação em geral, e a
determinação, dilucidação, sistematização racional do conteúdo da mesma, têm
uma importância indireta com respeito à filosofia, porquanto implicam sempre
numa intervenção da razão. Foi esta, especialmente, a obra da Patrística e,
sobretudo, de Agostinho.
Esta parte, dedicada à história do pensamento
cristão, será, portanto, dividida do seguinte modo: o Cristianismo, isto é, o pensamento do Novo
Testamento, enquanto soluciona o problema filosófico do mal; a Patrística, a saber, o pensamento cristão
desde o II ao VIII século, a que é devida particularmente a construção da
teologia, da dogmática católica; a Escolástica, a saber, o pensamento cristão
desde o século IX até o século XV, criadora da filosofia cristã verdadeira e
própria.
Características Gerais do Pensamento Cristão
Foi conquistada a cidade que conquistou o
universo. Assim definiu São Jerônimo o momento que marcaria a virada de uma
época. Era a invasão de Roma pelos germanos e a queda do Império Romano. A
avalancha dos bárbaros arrasou também grande parte das conquistas culturais do
mundo antigo. A Idade Média inicia-se com a desorganização da vida
política, econômica e social do Ocidente, agora transformado num mosaico de
reinos bárbaros. Depois vieram as guerras, a fome e as grandes epidemias. O
cristianismo propaga-se por diversos povos. A diminuição da atividade cultural
transforma o homem comum num ser dominado por crenças e superstições.
O período medieval não foi, porém, a “Idade
das Trevas”, como se acreditava. A filosofia clássica sobrevive, confinada nos
mosteiros religiosos. O aristotelismo dissemina-se pelo Oriente bizantino,
fazendo florescer os estudos filosóficos e as realizações científicas. No
Ocidente, fundam-se as primeiras universidades, ocorre a fusão de elementos
culturais greco-romanos, cristãos e germânicos, e as obras de Aristóteles são traduzidas para o
latim. Sob a influência da Igreja, as especulações se concentram em
questões filosófico-teológicas, tentando conciliar a fé e a razão. E é nesse
esforço que Santo Agostinho e Santo Tomás de Aquino trazem à luz reflexões
fundamentais para a história do pensamento cristão.
A Filosofia Medieval e o Cristianismo
Ao longo do século V d.C., o Império Romano
do Ocidente sofreu ataques constantes dos povos bárbaros. Do confronto desses
povos invasores com a civilização romana decadente desenvolveu-se uma nova
estruturação européia de vida social, política e econômica, que corresponde ao
período medieval. Em meio ao esfacelamento do Império Romano, decorrente,
em grande parte, das invasões germânicas, a Igreja católica conseguiu manter-se
como instituição social mais organizada. Ela consolidou sua estrutura religiosa
e difundiu o cristianismo entre
os povos bárbaros, preservando muitos elementos da cultura pagã
greco-romana. Apoiada em sua crescente influência religiosa, a Igreja
passou a exercer importante papel político na sociedade medieval. Desempenhou,
por exemplo, a função de órgão supranacional, conciliador das elites
dominantes, contornando os problemas da fragmentação política e das rivalidades
internas da nobreza feudal. Conquistou, também, vasta riqueza material:
tornou-se dona de aproximadamente um terço das áreas cultiváveis da Europa ocidental,
numa época em que a terra era a principal base de riqueza. Assim, pôde estender
seu manto de poder “universalista” sobre diferentes regiões européias.
Conflitos e Conciliação entre a Fé e Saber
No plano cultural, a Igreja exerceu amplo
domínio, trançando um quadro intelectual em que a fé cristã era o pressuposto
fundamental de toda sabedoria humana. Em que consistia essa
fé? Consistia na crença irrestrita ou na adesão incondicional às verdades reveladas por Deus
aos homens. Verdades expressas nas Sagradas
Escrituras (Bíblia) e devidamente interpretadas segundo a
autoridade da Igreja. “A Bíblia
era tão preciosa que recebia as mais ricas encadernações” . De
acordo com a doutrina católica, a fé representava a fonte mais elevada das
verdades reveladas – especialmente aquelas verdades essenciais ao homem e que
dizem respeito à sua salvação. Neste sentido, afirmava Santo Ambrósio (340-397,
aproximadamente): Toda
verdade, dita por quem quer que seja, é do Espírito Santo .
Assim, toda investigação filosófica ou científica
não poderia, de modo algum, contrariar as verdades estabelecidas pela fé
católica. Segundo essa orientação, os filósofos não precisavam se dedicar à
busca da verdade, pois ela já havia sido revelada por Deus aos homens.
Restava-lhes, apenas, demonstrar racionalmente as verdades da fé. Não
foram poucos, porém, aqueles que dispensaram até mesmo essa comprovação
racional da fé. Eram os religiosos que desprezavam a filosofia grega, sobretudo
porque viam nessa forma pagã de pensamento uma porta aberta para o pecado, a
dúvida, o descaminho e a heresia (doutrina contrária ao estabelecido pela
Igreja, em termos de fé). Por outro lado, surgiram pensadores cristãos que
defendiam o conhecimento da filosofia grega, na medida em que sentiam a
possibilidade de utilizá-la como instrumento a serviço do cristianismo.
Conciliado com a fé cristã, o estudo da filosofia grega permitiria à Igreja
enfrentar os descrentes e demolir os hereges com as armas racionais da
argumentação lógica. O objetivo era convencer os descrentes, tento quanto
possível, pela razão, para depois fazê-los aceitar a imensidão dos mistérios
divinos, somente acessíveis à fé.
Entre os grandes nomes da filosofia católica
medieval destacam-se Agostinho e Tomás
de Aquino. Eles foram os responsáveis pelo resgate cristão das
filosofias de Platão e de Aristóteles, respectivamente. “Tomai cuidado para que ninguém vos escravize
por vãs e enganadoras especulações da “filosofia”, segundo a tradição dos
homens, segundo os elementos do mundo, e não segundo Cristo.” (São
Paulo).
Patrística
“A fé em busca de argumentos racionais a
partir de uma matriz platônica”.
Desde que surgiu o cristianismo, tornou-se
necessário explicar seus ensinamentos às autoridades romanas e ao povo em
geral. Mesmo com o estabelecimento e a consolidação da doutrina cristã, a
Igreja católica sabia que esses preceitos não podiam simplesmente ser impostos
pela força. Eles tinham de ser apresentados de maneira convincente, mediante um
trabalho de conquista espiritual. Foi assim que os primeiros Padres da
Igreja se empenharam na elaboração de inúmeros textos sobre a fé e a revelação
cristãs. O conjunto desses textos ficou conhecido como patrística por terem sido
escritos principalmente pelos grandes Padres da Igreja. Uma das principais
correntes da filosofia patrística, inspirada na filosofia greco-romana, tentou
munir a fé de argumentos racionais. Esse projeto de conciliação entre o
cristianismo e o pensamento pagão teve como principal expoente Agostinho. “Compreender
para crer, crer para compreender”. (Santo
Agostinho)
Escolástica
“Os caminhos de inspiração aristotélica levam
até Deus”.
No século VIII, Carlos Magno resolveu
organizar o ensino por todo o seu império e fundar escolas ligadas às
instituições católicas. A cultura greco-romana, guardada nos mosteiros até
então, voltou a ser divulgada, passando a Ter uma influência mais marcante nas
reflexões da época. Era a renascença carolíngia. Tendo a educação romana
como modelo, começaram a ser ensinadas as seguintes matérias: gramática,
retórica e dialética (o trivium )
e geometria, aritmética, astronomia e música (o
quadrivium ). Todas elas estavam, no entanto, submetidas à
teologia. A fundação dessas escolas e das primeiras universidades do
século XI fez surgir uma produção filosófico-teológica denominada escolástica (de escola).
A partir do século XIII, o aristotelismo
penetrou de forma profunda no pensamento escolástico, marcando-o
definitivamente. Isso se deveu à descoberta de muitas obras de Aristóteles, descobertas até então, e à
tradução para o latim de algumas delas, diretamente do grego. A busca da
harmonização entre a fé cristã e a razão manteve-se, no entanto, como problema
básico de especulação filosófica. Nesse sentido, o período escolástico pode ser
dividido em três fases:
Primeira fase – (do século IX ao fim do século XII):
caracterizada pela confiança na perfeita harmonia entre fé e razão.
Segunda fase – (do século XIII ao princípio do
século XIV): caracterizada pela elaboração de grandes sistemas filosóficos,
merecendo destaques nas obras de Tomás
de Aquino. Nesta fase, considera-se que a harmonização entre fé e
razão pôde ser parcialmente obtida.
Terceira fase – (do século XIV até o século XVI):
decadência da escolástica, caracterizada pela afirmação das diferenças
fundamentais entre fé e razão.
A Questão dos Universais:
O que há entre as palavras e as coisas
O método escolástico de investigação, segundo
o historiador francês Jacques Le Goff, privilegiava o estudo da linguagem (o trivium ) para depois
passar para o exame das coisas (o quadrivium ). Desse modo
surgiu a seguinte pergunta: qual a
relação entre as palavras e as coisas? Rosa, por exemplo, é o
nome de uma flor. Quando a flor morre, a palavra rosa continua existindo. Nesse
caso, a palavra fala de uma coisa inexistente, de uma idéia geral. Mas como
isso acontece? O grande inspirador da questão foi o inspirador neoplatônico Porfírio, em sua
obra Isagoge : “Não tentarei enunciar se os gêneros e as
espécies existem por si mesmos ou na pura inteligência, nem, no caso de
subsistirem, se são corpóreos ou incorpóreos, nem se existem separados dos
objetos sensíveis ou nestes objetos, formando parte dos mesmos“. Esse problema
filosófico gerou muitas disputas. Era a grande discussão sobre a existência ou
não das idéias gerais ,
isto é, os chamados universais de Aristóteles.
Interlúdio: Reforma e Contra-Reforma
Do lado do que denominamos Renascimento,
encontramos os seguintes elementos definidores da vida intelectual: 1)
surgimento de academias laicas e livres, paralelas às universidades
confessionais, nas quais imperavam as versões cristianizadas do pensamento de
Platão, Aristóteles, Plotino e dos Estóicos e as discussões sobre as relações
entre fé e razão, formando clérigos e teólogos encarregados da defesa das
idéias eclesiásticas; as academias redescobrem outras fontes do pensamento
antigo, se interessam pela elaboração de conhecimentos sem vínculos diretos com
a teologia e a religião, incentivam as ciências e as artes (primeiro, o
classicismo e, depois da Contra-Reforma, o maneirismo); 2) a preferência pelas
discussões em torno da clara separação entre fé e razão, natureza e
religião, política e Igreja. Considera-se que os fenômenos naturais podem e
devem ser explicados por eles mesmos, sem recorrer à continua intervenção
divina e sem submetê-los aos dogmas cristãos (como, por exemplo, o
geocentrismo, com a Terra imóvel no centro do universo); defende-se a idéia de
que a observação, a experimentação, as hipóteses lógico-racionais, os cálculos
matemáticos e os princípios geométricos são os instrumentos fundamentais para a
compreensão dos fenômenos naturais (Bruno, Copérnico, Leonardo da Vinci sendo
os expoentes dessa posição). Desenvolvem-se, assim, tendências que a ortodoxia
religiosa bloqueara durante a Idade Média, isto é, o naturalismo (coisas
e homens, enquanto seres naturais, operam segundo princípios naturais e não por
decretos divinos providenciais e secretos); 3) interesse pela ciência ativa ou
prática em lugar do saber contemplativo, isto é, crença na capacidade do
conhecimento racional para transformar a realidade natural e política, donde o
interesse pelo desenvolvimento das técnicas (respondendo a
exigências intelectuais e econômicas da época, quando o capitalismo pede
instrumentos que sejam aumentadores da capacidade das forças produtivas); 4)
alteração da perspectiva da fundamentação do saber, isto é,
passagem da visão teocêntrica (Deus como centro, principio, meio e fim do real)
para a naturalista e para a humanista.
Aqui, duas grandes linhas se desenvolvem: de
um lado, a discussão sobre a essência da alma humana como racional e passional,
de sua força e de seus limites, conduzindo àquilo que, mais tarde, seria
conhecido como o Sujeito do Conhecimento ou
a Subjetividade, que, no Renascimento, ainda se encontra mais
próxima de uma “psicologia da alma” e de uma moral, enquanto na filosofia
moderna estará mais voltada pelo que seria chamado de Epistemologia (dessa
preocupação com o homem, Nicolau de Cusa, Ficino, Erasmo e Montaigne serão os
grandes expoentes); e, de outro lado, a discussão em torno dos fundamentos
naturais e humanos da política. Nesta, três linhas principais se desenvolvem. A
primeira, vinda dos populistas e conciliaristas medievais e da história
patriótica e republicana das cidades italianas, encontra seu ponto mais alto e
controvertido em Maquiavel que, além de desmontar as concepções clássicas e
cristãs sobre o “bom governante virtuoso” e de uma origem divina, ou natural ou
racional do poder, funda o poder na divisão originária da sociedade entre os
Grandes (que querem oprimir e comandar) e o Povo (que não quer ser oprimido nem
comandado), a Lei sendo a criação simbólica da unidade social pela ação
política e pela lógica da ação (e não pela força, como se costuma supor). Na
segunda linha, a discussão se volta para a crítica do presente pela elaboração
de uma outra sociedade possível-impossível, justa, livre, igualitária, racional
perfeita — a utopia, cujos expoentes são Morus e Campanella. A terceira linha
discute a política a partir dos conceito de direito natural e direito civil
(linha que irá predominar entre os modernos), das causas das diferenças entre
os regimes políticos e as formas da soberania, sendo seus expoentes Pasquier, Bodin,
Grócio. Nas três linhas, encontramos a preocupação com a história, seja como
prova de que outra sociedade é possível, seja como exame dos erros cometidos
por outros regimes, seja como exemplo do que pode ser imitado ou conservado.
Por seu turno, a Reforma destrói a crença
(concretamente ilusória, pois jamais existente) da unidade da fé cristã, dos
dogmas e cerimônias, e sobretudo da autoridade religiosa: questiona-se a
autoridade papal e episcopal, questiona-se o privilégio de somente alguns
poderem ler e interpretar os livros Sagrados, questiona-se que Deus tenha
investido o papado do direito de ungir e coroar reis e imperadores,
questionam-se dogmas e ritos (como a missa e até mesmo o batismo). O mundo
cristão europeu cinde-se de alto a baixo em novas ortodoxias (luteranismo,
calvinismo, anglicanismo, puritanismo) e em novas heterodoxias (anabatistas,
menonitas, quakers, os “cristãos sem igreja”). As lutas religiosas não ocorrem
apenas entre católicos e reformados, mas também entre estes últimos e particularmente
entre eles e as pequenas seitas radicais e libertárias que serão freqüentemente
dizimadas, com violência descomunal. Modifica-se a maneira de ler e interpretar
a Bíblia, modifica-se a relação entre religião e política: todos devem ter o
direito de ler o Livro Santo e nele Deus não declarou que a monarquia é o
melhor dos regimes políticos. Dois resultados culturais decorrem dessa nova
atitude: por um lado, o desenvolvimento de escolas protestantes para
alfabetização dos fiéis, para que possam ler a Bíblia e escrever sobre suas
próprias experiências religiosas, divulgando a nova e verdadeira fé (a
panfletagem será uma das marcas características da Reforma, que produziu uma
população alfabetizada); por outro lado, na fase inicial do protestantismo (que
seria suplantada quando algumas seitas triunfassem e se tornassem dominantes),
a defesa da idéia de comunidade, de república popular ou aristocrática e do
direito político à resistência, isto é, da desobediência civil face ao papado e
aos reis e imperadores católicos.
Enfim, a Contra-Reforma, cuja expressão mais
alta e mais eficaz será a Companhia de Jesus, define um novo quadro para a vida
intelectual: por um lado, para fazer frente à escolaridade protestante, os
jesuítas (mas não somente eles) enfatizam a ação pedagógico-educativa (não nos
esqueçamos de Nóbrega e Anchieta ensinando índios a ler e a escrever!), e, por
outro lado, enfatizam o direito divino dos reis, fortalecendo a tendência dos
novos Estados Nacionais à monarquia absoluta de direito divino. É no quadro da
Contra-Reforma, como renovação do catolicismo para combate ao protestantismo,
que a Inquisição toma novo impulso e se, durante a Idade Média, os alvos
privilegiados do inquisidor eram as feiticeiras e os magos, além das
heterodoxias tidas como heresias, agora o alvo privilegiado do Santo Oficio
serão os sábios: Giordano Bruno é queimado como herege, Galileu é interrogado e
censurado pelo Santo Oficio, as obras dos filósofos e cientistas católicos do
século XVII passam primeiro pelo Santo Oficio antes de receberem o direito à
publicação e as obras dos pensadores protestantes são sumariamente colocadas na
lista das obras de leitura proibida (o Index). A Contra-Reforma
realizará, do lado católico, o mesmo que a Reforma triunfante, do lado protestante:
o controle da atividade intelectual que o Renascimento liberara e que cultivara
como liberdade de pensamento e de expressão.
É no interior desse contexto polêmico,
freqüentemente autoritário e violento que se desenvolve a Filosofia Moderna do
século XVII.
PRÓXIMO
(PARTE 2): O CRISTIANISMO E A MODERNIDADE