Uma palavra de edificação e benção para você e sua familia
MENSAGEM DA CRUZ: O CULTO QUE GLORIFICA A DEUS - REV. AUGUSTO NICODEMOS
Uma palavra de edificação e benção para você e sua familia
POR QUE OS APÓCRIFOS NÃO SÃO CONSIDERADOS INSPIRADOS?
Etimologicamente, o termo “apócrifo” significa: “oculto”,
“escondido”. É usado para designar os 14 ou 15 livros, ou partes de livros que,
em algum tempo, foram colocados entre os livros do Velho e do Novo Testamento.
Eles aparecem anexados nas versões Septuaginta e Vulgata Latina. O
vocábulo tem sido empregado de forma diferente por católicos e protestantes:
Para os protestantes “apócrifo” designa o conjunto de
livros ou porções de livros que não fazia parte do cânon (lista de livros
inspirados) hebraico. Para os católicos “Apócrifo” se refere aos livros
que os estudiosos protestantes chamam de pseudo-epígrafos. Os livros que
os protestantes chamam de “apócrifos”, os católicos chamam de “Deuterocanônicos”. Para
os protestantes, os livros apócrifos não foram inspirados por Deus. São
importantes fontes documentais para o conhecimento da história, cultura e
religião dos Judeus. Também muito úteis para nossa compreensão dos
acontecimentos intertestamentários (entre o Velho e o Novo Testamento). Mas não
para estarem lado a lado com a literatura canônica (inspirada por Deus), pois
ao compararmos uma literatura com a outra, logo percebemos profunda e radical
diferença no estilo, na autoridade e até nos ensinamentos.
A igreja Católica só se lembrou de incluí-los no Cânon
(lista de livros inspirados por Deus) em 15 de abril de 1546, no Concílio de
Trento, impondo-os aos seus fiéis como livros inspirados. Quem não aceitasse a
decisão da igreja, seria por ela amaldiçoado. Por que rejeitamos os
apócrifos? Se a mente divina inspirou a cada escritor, o produto destes
diferentes autores deve estar em harmonia entre si. Portanto, os primeiros
livros se constituem o critério para todos os demais livros que se consideram
ou são chamados de inspirados. Mas os livros conhecidos como apócrifos:
1. Não se harmonizam em ensino e doutrina com Moisés e
outros profetas canônicos;
2. Nem Jesus, nem os apóstolos citaram os livros apócrifos como fonte de autoridade.
2. Nem Jesus, nem os apóstolos citaram os livros apócrifos como fonte de autoridade.
Por que então, a Igreja Católica continua apegada aos
livros apócrifos? Porque as doutrinas fictícias dos apócrifos confirmam falsos
ensinos da igreja, como por exemplo: oração pelos santos, falsas curas, dar
esmolas para libertar da morte e do pecado, e salvação pelas obras.
Eis alguns ensinos de apócrifos:
1. Ensino da Arte Mágica – Tobias 6:5-8. Refutação bíblica:
Marcos 16:17; Atos 16:18;
2. Dar Esmolas Purifica do Pecado – Tobias 12: 8 e 9;
Eclesiático 3:33. Refutação bíblica: 1 Pedro 1:18 e 19; Judas 24;
3. Pecados Perdoados pela Oração – Eclesiástico 3:4.
Refutação bíblica: Prov. 28:1; 1 João 1:9; 2:1 e 2;
4. Orações pelos Mortos – 2 Macabeus 12: 42-46. Refutação
bíblica: Atos 2:34; Isaías 38:18; Lucas 16:26; Isaías 8:20;
5. Ensino do Purgatório – Sabedoria 3:1-4 (imortalidade da
alma). Refutação bíblica: 1 João 1:7;
6. O Anjo Relata uma Falsidade – Tobias 5: 1-19. Refutação
bíblica: Lucas 1:19;
7. Uma Mulher Jejuando toda Sua Vida – Judith 8: 5 e
6. Esta é uma história parecida com outras lendas católicas com respeito a
seus santos canonizados. Uma mulher dificilmente jejuaria por toda sua vida.
Jesus, mesmo sendo divino-humano, jejuou 40 dias, não pela vida toda.
8. Simeão e Levi mataram os habitantes de Siqueia por ordem
de Deus – Judite 9:2. Refutação bíblica: Deus não tinha nada a ver com
isto: Gênesis 34:30; 49: 5-7; Romanos 12: 19, 17
9. A Imaculada Conceição – Sabedoria 8:19 e 20. Este texto
é usado pelos católicos para sustentar a doutrina de que Maria nascera sem
pecados. Refutação bíblica: Lucas 1:30-35; Salmo 51:5; Romanos 3:23.
10. Ensinos da Crueldade e do Egoísmo – Eclesiástico 12:6.
Refutação bíblica: Provérbios 25:21,22; Romanos 12:20; João 6:5; Marcos
6:44-48.
Há muitos outros ensinamentos errados, mas, creio serem
estes suficientes para aceitarmos que tais livros devem realmente ficar fora da
lista de livros inspirados.
Apócrifos do Antigo Testamento
1. O 1º Livro de Esdras;
2. O 2º Livro de Esdras;
(Na versão Vulgata: O Esdra Canônico é chamado de 1º Esdras e Neemias de 2º Esdras; enquanto o 1º Livro de Esdras apócrifo é chamado de 3º Esdras).
3. Tobias;
4. Judite;
5. Adições ao Livro de Ester;
6. A Sabedoria de Salomão;
7. A Sabedoria de Jesus o filho de Sisaque, ou Eclesiástico;
8. Baruque;
9. A Carta de Jeremias;
10. A oração de Azarias e o Canto das Três Jovens;
11. Susana;
12. Bel e o Dragão;
13. A oração de Manasses;
14. O 1º Livro de Macabeus;
15. O 2º Livro de Macabeus;
2. O 2º Livro de Esdras;
(Na versão Vulgata: O Esdra Canônico é chamado de 1º Esdras e Neemias de 2º Esdras; enquanto o 1º Livro de Esdras apócrifo é chamado de 3º Esdras).
3. Tobias;
4. Judite;
5. Adições ao Livro de Ester;
6. A Sabedoria de Salomão;
7. A Sabedoria de Jesus o filho de Sisaque, ou Eclesiástico;
8. Baruque;
9. A Carta de Jeremias;
10. A oração de Azarias e o Canto das Três Jovens;
11. Susana;
12. Bel e o Dragão;
13. A oração de Manasses;
14. O 1º Livro de Macabeus;
15. O 2º Livro de Macabeus;
Apócrifos Deuterocanônicos
1. Tobias;
2. Judite;
3. Adições ao Livro de Éster (10:4 – 16:22);
4. Sabedoria;
5. Eclesiástico;
6. Baruque;
7. Susana (Daniel 13);
8. Bel e o Dragão (Daniel 14);
9. 1º Macabeus;
10. 2º Macabeus;
2. Judite;
3. Adições ao Livro de Éster (10:4 – 16:22);
4. Sabedoria;
5. Eclesiástico;
6. Baruque;
7. Susana (Daniel 13);
8. Bel e o Dragão (Daniel 14);
9. 1º Macabeus;
10. 2º Macabeus;
Apócrifos do Antigo Testamento
Os apócrifos do Antigo Testamento podem ser facilmente identificados comparando os livros das Bíblias utilizadas pela maioria das “Sociedades Bíblicas” com uma Bíblia Católica. Na comparação abaixo, os livros em negrito constituem os apócrifos (chamados de Deuterocanônicos pelos Católicos). Aqueles não negritados são aceitos como canônicos por protestantes e Católicos:
♦ Pentateuco: Gênesis, Êxodo, Levíticos, Números e
Deuteronômio;
♦ Históricos: Josué, Juízes, Rute, 1 Samuel, 2 Samuel, 1 Reis, 2 Reis, 1 Crônicas, 2 Crônicas, Esdras, Neemias, Tobias, Judite, Ester (com acréscimos), 1 Macabeus, 2 Macabeus.
♦ Sapienciais: Jó, Salmos, Provérbios, Eclesiastes, Cântico dos Cânticos, Sabedoria, Eclesiástico.
♦ Proféticos: Isaías, Jeremias, Lamentações, Baruque, Ezequiel, Daniel (com acréscimo), Oséias, Joel, Amós, Abdias (Obadias), Jonas, Miquéias, Naum, Habacuque, Sofonias, Ageu, Zacarias, Malaquias.
♦ Históricos: Josué, Juízes, Rute, 1 Samuel, 2 Samuel, 1 Reis, 2 Reis, 1 Crônicas, 2 Crônicas, Esdras, Neemias, Tobias, Judite, Ester (com acréscimos), 1 Macabeus, 2 Macabeus.
♦ Sapienciais: Jó, Salmos, Provérbios, Eclesiastes, Cântico dos Cânticos, Sabedoria, Eclesiástico.
♦ Proféticos: Isaías, Jeremias, Lamentações, Baruque, Ezequiel, Daniel (com acréscimo), Oséias, Joel, Amós, Abdias (Obadias), Jonas, Miquéias, Naum, Habacuque, Sofonias, Ageu, Zacarias, Malaquias.
Total: 46 Livros
39 Canônicos
+7 Deuterocanônicos ( = aqueles sublinhados)
+7 Deuterocanônicos ( = aqueles sublinhados)
Apócrifos do Novo Testamento
Os apócrifos do Novo Testamento não oferecem problema porque são rejeitados por todas as igrejas cristãs. E não podia ser diferente. Observe o ensino, como por exemplo, do evangelho de São Tomé:
“Jesus atravessava uma aldeia e um menino que passava
correndo, esbarra-lhe no ombro. Jesus irritado, disse: Não continuarás tua
carreira. Imediatamente o menino caiu morto. Seus pais correram a falar com
José, este repreende a Jesus que castiga os reclamantes com terrível
cegueira”. Tal relato não é compatível com a sublimidade dos ensinos de
Cristo e é suficiente para provar que este evangelho é espúrio. “Trouxeram-lhe,
então, algumas crianças, para que lhes impusesse as mãos e orasse; mas os
discípulos os repreendiam. Jesus, porém, disse: Deixai os pequeninos, não os
embaraceis de vir a mim, porque dos tais é o reino dos céus. E, tendo-lhes
imposto as mãos, retirou-se dali.” (Mateus 19:13-15).
Lista dos Apócrifos do Novo Testamento
1. Evangelhos: Evangelho Segundo Hebreus, Evangelho dos
Egípcios; Evangelhos dos Ebionitas; Evangelho de Pedro; Protoevangelho de
Tiago, Evangelho de Tomé; Evangelho de Filipe, Evangelho de Gamaliel; Evangelho
da Verdade.
2. Epístolas: Epístola de Clemente; as 7 Epístolas de
Inácio; aos Efésios, aos Magnésios, aos Trálios, aos Romanos, aos Filadélfios,
aos Esmirnenses e a Policarpo; a Epístola de Policarpo aos Filipenses; Epístola
de Barnabé.
3. Atos: Atos de Paulo, Atos de Pedro, Atos de João, Atos
de André, Atos de Tomé.
4. Apocalipses: Apocalipse de Pedro, o Pastor de Hermas,
Apocalipse de Paulo, Apocalipse de Tomé; Apocalipse de Estêvão.
5. Manuais de Instrução: Didaquê ou Ensino dos 12
Apóstolos, 2 de Clemente. Pregação de Pedro.
Total: 34 livros – são mais do que os Canônicos do Novo
Testamento (que somam 27).
Muitos destes livros disputaram um lugar junto ao Cânon Bíblico, mas graças a Deus, foram rejeitados pela Igreja Cristã, assessorada pelo Espírito Santo. Se estes livros pertencessem à lista de livros inspirados por Deus, certamente manchariam a beleza da sã e pura Palavra de Deus.
Muitos destes livros disputaram um lugar junto ao Cânon Bíblico, mas graças a Deus, foram rejeitados pela Igreja Cristã, assessorada pelo Espírito Santo. Se estes livros pertencessem à lista de livros inspirados por Deus, certamente manchariam a beleza da sã e pura Palavra de Deus.
Devemos, portanto, nos apegar apenas aos 66 livros como
dignos de confiança em termos da revelação de Deus ao homem. Nestes livros, 39
no Antigo Testamento e 27 no Novo Testamento, temos toda a revelação necessária
para a salvação do homem. A Sociedade Bíblica do Brasil – com razão – adota
estes 66 livros como padrão para as Bíblias que produz. (Professor Jorge
Mário, Apostila de Estudo Teológico).
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BREVE ANÁLISE DA EPÍSTOLA AOS HEBREUS
Uma epístola anônima do Novo Testamento, colocada depois daquelas
identificadas como sendo de Paulo e antes das Epístolas Gerais. É ama exortação
a uma experiência completa de salvação, apresentada em um estilo grego clássico
e retórico. A epístola é única, repleta de questões e características
peculiares a si mesma. Não obstante, ela contém uma profunda visão teológica
sobre a natureza da salvação que Deus possibilitou por meio de Seu Filho, Jesus
Cristo. Isto é pregado por meio de uma argumentação do tipo rabínica das
instituições e afirmações do Antigo Testamento a respeito da salvação de
Deus. Por toda a epístola encontram-se exortações e princípios úteis para a
alegria da salvação. A igreja primitiva esteve durante algum tempo em um dilema
quanto ao que fazer com ela, por causa da incerteza quanto à sua origem; e
alguns cristãos contemporâneos a vêem como um enigma, por não compreenderem a
profundidade de seu alcance.
Autoria e Canonicidade
A incerteza sobre o autor resultou em uma lenta admissão ao
cânon. Os esforços combinados dos patriarcas da Igreja para atribui-la a Paulo
foram mais motivados pelo zelo quanto à canonicidade do que pelo desejo de
conhecer a sua autoria. No entanto, depois da sua admissão, a sua inspiração e
a sua autoridade são claramente certificadas pela Igreja. Como a autoria não é
afirmada no texto, ela é um assunto de interesse dos estudiosos e não um
comprometimento teológico. Quando a Igreja Ocidental mencionou pela primeira
vez essa epístola, nada foi dito sobre a sua autoria. Da Igreja de Alexandria
vieram sugestões de que Paulo era o autor; no entanto, Orígenes de Alexandria
concluiu: “Mas quanto a quem realmente escreveu a epístola, Deus sabe a verdade
sobre esse assunto”. A história subsequente da questão atesta a sabedoria da
conclusão de Orígenes, pois alguns estudiosos do assunto na época da Reforma
sugeriram como autores, além de Paulo, Barnabé, Clemente de Roma e Lucas.
Lutero foi o primeiro a sugerir Apoio. Como os estudos da Bíblia
desenvolveram-se na época da Reforma, cada vez menos estudiosos sustentaram a
autoria de Paulo, de modo que poucos a defendem de forma séria hoje em dia. No
entanto, ela continuou a ser homileticamente conveniente, e é assim com
frequência afirmada de forma inquestionável. Também são sugeridos como autores
Filipe, o diácono, Priscila e Aqüila, Aristion, Silas, Marcos e Judas. Entre as
evidências apresentadas para a autoria de Paulo, estão a menção de Pedro a uma
carta escrita por Paulo, possivelmente aos judeus (2 Pe 3.15,16); a associação
com Timóteo (cf. Hb 13.23) e Roma (cf. v. 24); um final parecido com os finais
de Paulo; e muitos pontos de concordância teológica. A evidência mais
freqüentemente oferecida, no entanto, é simplesmente a tradição. Na verdade,
este é provavelmente o argumento mais forte e não deve ser descartado sem
razão. O fato é que Paulo é o candidato sugerido mais ampla mente aceito, e ele
tem sido aceito por mais pessoas e durante um período de tempo mais longo do
que qualquer outro candidato. Entretanto, um grande número de razões tem sido
apresentadas para descartar a tradicional autoria de Paulo. A Igreja levou um
longo tempo para sugeri-la, e a sugestão veio da parte da Igreja que provavelmente
tinha menos conhecimento, e sem uma cuidadosa argumentação, ao passo que a
parte que provavelmente tinha mais conhecimento se absteve. Contudo, foi
considerada tradicional durante a época dos estudiosos menos críticos. A falta
de assinatura e saudações pessoais, e o uso exclusivo da LXX não são típicos
das epístolas assinadas por Paulo. O estilo não é semelhante ao daquelas, no
sentido de que utiliza retórica esmerada, espírito helenista, idéias completas
e sentenças equilibradas. Também existe um vocabulário diferente e um ponto de
vista teológico peculiar. Paulo representa Cristo habitando em cada crente, ao
passo que, em Hebreus, Ele está representado “à destra do Pai”; Paulo mostra a
Lei como sendo eticamente impossível, ao passo que Hebreus argumenta que ela é
cerimonialmente impossível. Além disso, esta epístola não se encaixa facilmente
no itinerário de Paulo (ef. Hb 13.23). O argumento mais forte contra a autoria
de Paulo é o de que parece impossível para o mesmo homem reconhecer uma fonte
secundária de informações (2.3) e, em outros pontos, insistir nas revelações em
primeira mão e diretas (G1 1.11-24). Apoio é o personagem apostólico cuja
descrição bíblica (At 18.24-28; 1 Co 1.13; 3.4) mais se aproxima do tipo de
homem que escreveria uma epístola como Hebreus. Ele era um judeu de Alexandria,
um “varão eloqüente e poderoso nas Escrituras”, e intimamente associado com
Paulo. Primeiramente sugerida por Lutero, esta se tornou a versão aceita por um
número crescente de estudiosos, em que estão incluídos T. W. Manson, W. F.
Howard, C. Spicq, Alford, F. W. Farrar e Hugh Montefíore. Contudo, isso não
justifica a omissão do seu nome, e parece estranho que a Igreja de Alexandria
não conheça nem defenda fervorosamente a autoria de Apoio.
Data
Diversas afirmações indicam que a epístola foi escrita
durante a segunda geração do período apostólico, o que se deve, por exemplo, ao
processo de transmissão (2.1-4), à época do crescimento (5.12), aos “dias
passados” (10.32), aos líderes mortos (13.7), e à prisão de Timóteo (13.23).
Contudo, as instituições judaicas ainda estavam em operação e o Templo ainda
existia (13.10,11), embora em breve deixaria de existir (12.27) e a perseguição
fosse iminente (10.32ss.; 12.4). Estes fatores parecem colocar a escrita ao
redor do final dos anos 60 d.C., aprox. entre 67 e 69.
Destinatários e Leitores Destinatários
É difícil identificar os destinatários e o público leitor,
uma vez que não existem afirmações internas nem externas. O título e o uso do
Antigo Testamento foram tomados como indicações de um público leitor
judeu-cristão. Mas esta suposição é cada vez mais desafiada, e foi sugerido que
o público leitor era o dos gentios convertidos ao paganismo (Moffatt, E. F.
Scott), Outros estudiosos recentes sugerem judeus não-palestinos (William
Manson, F. F. Bruce), essênios ou antigos essênios (C. Spicq, Yadin). A representação
é da experiência do deserto dos hebreus e do Tabernáculo, e não do estado de
restauração e do Templo, e nada é dito sobre a ênfase característica do
judaísmo sobre a circuncisão. As citações e as referências do Antigo Testamento
não são tão obscuras a ponto de não serem compreendidas por alguém que tenha
estudado o Antigo Testamento. Mas as advertências parecem encaixar-se melhor
nos cristãos que estavam correndo o risco de recair nas práticas do judaísmo.
Talvez se possa supor que, embora o público leitor não necessariamente devesse
ser judeu, provavelmente era judeu, ou pelo menos fortemente influenciado pelo
judaísmo. A cidade de Roma, agora, parece estar descartada como o lugar da
escrita (veja 13.24), mas poderia ser a destinatária. De maior importância que
esses assuntos, tanto quanto a interpretação da epístola e sua aplicação
contemporânea, é a condição espiritual do público leitor. Os leitores foram
convertidos ao cristianismo por meio do testemunho daqueles que tinham
conhecido Jesus (2.3ss.)e, portanto, eram os crentes da segunda geração. Mesmo
não vindo do judaísmo (ou provavelmente de algum contexto não palestino), eles
adquiriram um forte respeito pelas antigas instituições dos hebreus e pelas
promessas de Deus a Israel (evidentemente a partir de um estudo da LXX e não da
observância da adoração no Templo em Jerusalém). Logo tiveram que suportar uma
perseguição significativa (10.32ss.), embora não tão severa quanto aquela que
era iminente (12.4). A crise criou neles uma expressão prática de sua fé, e
assim preocupavam-se em servir aos seus irmãos - em especial àqueles que
estavam sendo mais afetados pela perseguição (6.10; 10.34). Apesar dessas
experiências precoces, eles não estavam mais crescendo (5.11-6.20) e, na
verdade, estavam começando a retroceder (2. lssj. Não porque estivessem
rebelando-se conscientemente contra o evangelho da fé, ou voltando-se
proposital mente a outra coisa; mas sim assumindo a salvação como sendo uma
bênção garantida, e abusando da graça de Deus, que exigiu o sacrifício de Seu
filho (10.26-31). Eles estavam letárgicos e preguiçosos com respeito à sua fé
(3.7-4,13) e suscetíveis aos falsos ensinos (13.7-9). Estavam propensos a
exagerar na questão da importância dos anjos (1.5-14) e da efetividade da lei,
e a depreciar a suficiência do sacrifício de Cristo (9.11-10.31) e a sua
perfeição (4.14- 5.10; 7.1-8.13), assim como o valor da realidade suprema que
lhes fora prometida (11.13- 16). Eles possuíam a salvação, mas estavam sendo
negligentes em termos de vivê-la. Portanto, estavam em perigo, correndo o risco
não apenas de deixar de alcançar a plenitude da sua salvação, mas também de
perder o privilégio de experimentá-la no presente. Ao invés de receberem as
“coisas melhores” que lhes estavam prometidas, corriam o risco de perder as
bênçãos já recebidas, ficando apenas com as coisas menores, do passado.
Argumento e Propósito
Esta epístola fornece uma contribuição significativa à
teologia do Novo Testamento, mas seu principal objetivo não é teológico. O
escritor refere-se a ela como “a palavra desta exortação” (13.22), e este é seu
objetivo ao longo de toda a carta. Ele escreve sobre a compaixão daquele que se
preocupa com os cristãos como um grupo, e tem algum tipo de responsabilidade
pastoral para com eles. Ele os exorta a uma prática determinada e ativa para a
sua salvação, de modo que possam alcançar aquilo que a salvação tem para lhes
dar, evitando as conseqüências desastrosas da negligência. Podemos considerar
que o autor está tentando oferecer um estudo coletivo das advertências, e
consequentemente das passagens exortativas. Ele adverte seus leitores sobre as
conseqüências inevitáveis da negligência à salvação (2.1-3), a perda do repouso
de Deus (3.7-19), a desqualificação para o repouso (4.1-11), a impossibilidade
do retorno de uma apostasia consciente (6.4- 8) e a inexistência de uma
provisão para o pecado deliberado e consciente (10.26-31). Intimamente ligadas
a estas são suas exortações: estejam alertas, para que não se desviem (2.1-4);
tenham cuidado, para não perderem a fé (3.7-4.13); prossigam, não dando lugar a
qualquer retrocesso (5.11-6.20); aproximem-se, não dando lugar a qualquer
afastamento (10.19-39); edifiquem-se, não dando lugar à queda ou à ruína
pessoal (12.12-29). Se seus leitores eram judeus ou gentios, ou se era ao
judaísmo ou ao paganismo que eles estavam em perigo de retornar, não é tão
claro quanto à condição espiritual do momento, e o perigo no qual o autor os
encontrou. Ele faz a comparação não com o judaísmo nem com o paganismo, mas com
a peregrinação dos hebreus no deserto entre o êxodo da escravidão do pecado e a
entrada na terra prometida. A condição em que estavam poderia ser classificada
como tão pobre e tão infrutífera quanto o deserto. Como seus leitores eram
culpados pelo mesmo tipo de descrença e desobediência que os hebreus na época
de Moisés, eles corriam o mesmo perigo de morrer onde estavam, sem jamais
entrarem no repouso prometido. Eles não se pareciam com os judeus das
sinagogas, trabalhando por sua religião, mas sim com os hebreus do deserto,
deixando de colocar em prática sua salvação. O objetivo da Epístola aos Hebreus
é o de exortar os cristãos a se tomarem ativos na sua experiência atual com a
salvação de Deus, para que possuíssem tudo o que Deus havia prometido, enquanto
houvesse tempo.
Teologia
A teologia da epístola é tão única que muito tempo tem sido
gasto na comparação e no contraste com o resumo da teologia ao Novo Testamento
(especialmente com a teologia de Paulo). Uma investigação ainda maior foi
realizada para encontrar raízes ideológicas nas religiões contemporâneas e nos
sistemas filosóficos. As primeiras associações foram feitas com Filo, em
seguida com o gnosticismo, e mais recentemente com o essenismo judeu. Em cada
caso, semelhanças impressionantes foram superadas por divergências mais
significativas. O autor mostra familiaridade com uma variedade de escolas de
pensamento, mas a sua teologia é distinta e própria. Encontrando uma analogia
no dualismo matéria/ideal de Platão, ele fala da realidade presente como sendo
apenas uma sombra da realidade eterna. Assim, para os gregos dualistas, Hebreus
apresenta Cristo como permitindo o acesso à suprema realidade em Deus. Outra
analogia vem do temor a Deus demonstrado pelos hebreus. A epístola mostra que
Cristo inaugurou o caminho para Deus no santuário supremo do céu, por meio de
sua própria reconciliação “de uma vez por todas”. Assim, para os judeus
tementes a Deus, Hebreus apresenta Cristo como permitindo amplo acesso à
presença de Deus. Os conceitos teológicos da epístola são, todos, aplicações
dessas suposições básicas: Cristo permite acesso à realidade e acesso a Deus.
Não é desenvolvida nenhuma preocupação teológica que não faça uma contribuição
conceituai à exortação a viver a salvação de Deus. A Cristologia é importante
porque o conceito da perfeição nasce da Soteriologia, que se baseia solidamente
na Cristologia. A salvação é uma bênção porque foi proporcionada na pessoa do
Filho de Deus, A epístola tem um dos mais elevados conceitos da filiação de
Cristo que se pode encontrar em qualquer passagem da Bíblia. O Filho é superior
aos patriarcas, aos profetas, e até mesmo aos anjos, cuja magnitude era
exagerada pelos rabinos. E o Filho de Deus identifica-se com o homem tomando-se
homem. O crente, então, toma-se um irmão do Filho de Deus e, portanto, torna-se
um filho de Deus. O Filho tornou-se o Sacerdote Supremo e Perfeito para todos
os homens (e não exclusivamente o representante do povo da antiga aliança). Ele
é o Sacerdote Supremo porque sua reconciliação não precisará jamais ser
repetida, ano após ano, e pelos mesmos pecados, mas foi feita “de uma vez por
todas”. Ele é o perfeito Sacerdote-Salvador porque verdadeiramente realizou a
remoção real do pecado e a redenção do pecador ao invés de simplesmente cobrir
o que ainda permanece na consciência. Mantendo a imagem do Dia da Expiação, o
Senhor Jesus é representado como o Supremo Sumo Sacerdote. Para mostrar seu
sacerdócio inigualável, o autor o chama, por analogia, de “sacerdote segundo a
ordem de Melquisedeque”. A soteriologia de Hebreus não representa a salvação
como um objetivo para os perdidos ou como uma possessão dos fiéis, mas exorta
os cristãos a fazerem uso da sua salvação. Embora a crucificação e a
ressurreição sejam efetivamente assumidas e estejam claramente implícitas, a
Epístola aos Hebreus concentra-se no sacrifício, e não na maneira como a vítima
é morta no altar. Ela destaca a maneira como o sacrifício é conduzido até o
Santíssimo (a mão direita do Pai) e mediado por constante intercessão. A salvação
é descrita em termos cerimoniais (sacerdócio supremo) e forenses (nova
aliança), e não apenas éticos (Paulo). Então Hebreus mostra a imagem do sumo
sacerdote levando o sangue da vítima do altar até o Santo dos Santos (através
do véu do Templo), ano após ano, sendo substituído por Jesus levando seu
próprio sacrifício da cruz através do véu, entre a realidade imperfeita e a
realidade suprema, até o céu, de uma vez por todas. A santificação é descrita
em termos altamente peculiares nesta epístola, centrando-se em um conceito de
perfeição que é remanescente da insatisfação de Platão com a imperfeição do
presente e a antecipação da perfeição do futuro. O objetivo da salvação e Deus
é que o homem desfrute o repouso de Deus, do qual fala de várias formas, como a
chegada a um destino, como a realização de uma tarefa e como a paz com Deus. O
repouso de Deus pode ser definido, então, como a companhia perfeita e eterna de
Deus. Mas a perfeição e o repouso são concebidos em termos dinâmicos, de modo
que o crente esteja sempre no processo da perfeição e chegando ao seu repouso.
A perfeição não é um prêmio a ser conquistado, mas uma experiência a ser
perseguida. A apostasia deve ser temida porque não se trata da perda de uma
possessão, mas sim de uma experiência. A Epístola aos Hebreus não discute a
segurança eterna, uma vez que os leitores estavam completamente convencidos
dela e, na verdade, estavam supondo que ela fosse o ponto de negligência da
atual experiência da salvação. A epístola mostra que a apostasia é o fracasso
no processo da salvação do pecado. Quando uma pessoa não está sendo salva dos
seus pecados atuais, ela não está vivendo a salvação. Se persistir nessa
condição durante tempo suficiente, ela se tornará tão endurecida que nunca mais
retornará à aquela experiência anterior de estar no processo de salvação. O
autor, ao invés de ser considerado culpado pela falta de apreço ao recebimento
da salvação, deveria receber os créditos por levar a sério a sua utilização.
Ele não ensina a segurança eterna porque isso é desnecessário, Ao invés de
deixar os leitores à vontade com respeito ao fim, ele os coloca na benéfica
tensão entre a segurança sobre a eternidade e as perdas do presente, e essa
tensão possibilita a posse da primeira e a fuga da segunda, ao mesmo tempo em
que assegura uma salvação completa do começo ao fim.
Bibliografia
William Barclay, The Letter to the Hebrews,
Filadélfia: Westminster Press, 1957. F. F. Bruce, The Epistle to the
Hebrews, NIC, Grand Rapids: Eerdmans, 1964. Marcus Dods, “The Epistle to the
Hebrews”, EGT, IV, Grand Rapids: Eerdmans, reimpressão, 1956. William Manson, The
Epistle to the Hebrews, Londres: Hodder & Stoughton, 1951. Andrew Murray, The
Holiest of All, Londres: Nisbet & Co., s.d. (devocional). Alexander Nairne, The
Epistle to the Hebrews, Cambridge: Univ. Press, 1921. William R. Newell, Hebrews
Verse by Verse, Chicago: Moody Press, 1947. John Owen,Hebrews: The Epistle of
Waming, Grand Rapids: Kregel, 1953 (uma condensação da obra de 8 volumes de
Owen). Adolph Saphir, The Epistle to the Hebrews, 2 volumes, Nova York:
Loizeaux Bros., s.d. (exposição acalorada por um professor cristão de origem
judaica). B. F. Westcott, The Epistle to the Hebrews, Grand Rapids:
Eerdmans, reimpressão, 1950. Ronald Williamson, Philo and the Epistle to
the Hebrews, Leiden: Brill, 1970.
MENSAGEM DA CRUZ: O CUSTO DO DISCIPULADO
Uma palavra de edificação e benção para você e sua família.
O BRASIL EM UMA CRISE QUE SÓ PIORA.
Nos orgulhamos de ser um país democrático, laico e com liberdade de expressão, direitos garantidos em nossa constituição, mas será que na prática tem sido assim? É neste momento de dificuldade e crise que descobrimos até onde nossos direitos, de fato, podem nos levar e até onde nossas opiniões e decisões podem influenciar para o bem comum da nação. O que presenciamos hoje é um poder publico que trabalha alheio a voz agonizante e fragmentada das ruas. O que esta explodindo hoje no país (corrupção, rebelião, violência, desemprego, caos na saúde e tantas outras desgraças sociais) é o resultado daquilo que tem sido plantado nesses quase 20 anos de desgoverno, em todas as esferas (federal, estadual e municipal). Não quero ser redundante neste artigo, pois já venho comentando sobre o tema neste blog, mas me sinto na necessidade de trazer uma palavra sobre os últimos noticiários que tem ganhado destaque nesses dias.
Em primeiro lugar eu acho um absurdo, um descarado abuso de poder, as ações realizadas pelo governo do Espirito Santo em indiciar 703 policiais, demitir 161 e processar suas famílias. Recentemente escrevi uma nota falando sobre o problema na segurança publica do país, pois assim como existe uma crise no Espirito Santos, outros estados estão ariscados a vivenciar o mesmo problema, se já não estão vivendo, por causa do desrespeito e da canalhice de gestores públicos que não providenciam condições de trabalho dignas a seus servidores, em especial a esta honrada instituição que é a Policia Militar. As mobilizações e paralisações desta classe são democráticas e visam a manutenção de direitos que lhes foram aviltados, não somente como servidores, mas como cidadãos, muitos podem não concordar e achar radical tal postura, comprometendo a segurança publica, que sem greve já não é essas coisas, mas é por causa da incompetente gestão publica e não por culpa dos policiais que se ariscam sem o devido reconhecimento e valorização.
O que estamos assistindo é a criminalização do direito democrático a manifestações que visem melhorias nas condições de trabalho por parte desta classe de servidores públicos e isto não é atitude de uma nação que se orgulha de ser democrática, ao contrario, denuncia uma inclinação ao totalitarismo intolerante que escraviza a mão de obra publica a seu bel prazer.
Enquanto isso em Brasilia há uma outra mobilização, não em favor da PM ou de outras classes de servidores públicos que trabalham efetivamente em favor do bem comum da nação, mas em prol de blindar o sistema contra a lava jato, as 10 medidas contra a corrupção (que já foram jogadas no lixo) e a famosa lei da ficha limpa, conquista muito comemorada pelo povo, mas tímida na prática e prestes a ser jogada no lixo também, sem a intervenção popular democrática.
Há um projeto de lei sendo discutido na câmara, e prestes a ser aprovado, que irá abrir vários precedentes para o politico contraventor não ser lesado eleitoralmente por envolvimento em caixa 2 e outros casos de corrupção, os anistiando até em relação aqueles que forem presos, trazendo-os de volta para a sistema. Achamos um absurdo a greve dos policiais, mas não vamos fazer nada contra mais um projeto de lei que pretende ser outro tapa moral na cara dos brasileiros. Não deixamos de ir para as ruas resistindo contra todo este estado de coisas, por causa da falta de segurança, mas porque ainda não entendemos o que deve ser prioridade para o Brasil enquanto nação.
Precisamos despertar e nos colocar do lado de quem realmente tem compromisso com o bem comum da nossa nação, denunciando, resistindo, lutando, orando, mesmo em minoria, mesmo sendo abafados pelo populismo irracional, mas precisamos marcar posição, se for pra cair, que seja atirando, só assim seremos capazes de deixar algum legado relevante para as futuras gerações.
DEUS VOS ABENÇOE!!
A "INCLUSÃO EVANGÉLICA" NO CARNAVAL
E não sede conformados com este mundo, mas sede transformados pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus.
No texto acima, o apostolo Paulo faz uma seria recomendação aos irmãos da igreja em Roma falando sobre qual deveria ser sua nova conduta em Cristo. O império Romano era conhecido, dentre tantas coisas, pela sua promiscuidade e libertinagem, um cenário ameaçador a integridade não somente moral, como principalmente espiritual daqueles irmãos. Paulo vai começar o versículo os alertando para não tomarem a forma do mundo, mas que eles transformassem a realidade ao seu redor através do evangelho manifesto em Jesus Cristo.
O texto é pertinente em um momento aonde a igreja evangélica brasileira tem se preocupado mais em ser popular do que fiel, não nos sensibilizamos mais em fazer a diferença, mas em sermos aceitos pela sociedade. Está chegando mais um carnaval e com ele os blocos e os polos de folia "gospel", um verdadeiro escarnio a fé cristã, algo que para muitos não tem nada demais é até legal essa inclusão para a "evangelização", mas na verdade na verdade, é a igreja tomando a forma do mundo, tornando-se ainda mais irrelevante, utilizando-se dessas prerrogativas para dar lugar a carne, assim como tem acontecido nas famosas "marchas pra Jesus." O incentivo a essas manifestações é um desfavor a verdadeira causa do evangelho, pois a própria Palavra de Deus, no salmo primeiro, nos ensina que bem aventurado é a aquele que tem o seu prazer na lei do Senhor e por isso não se assenta na roda dos escarnecedores, não se detêm no conselho dos impios e não anda no meio dos zombadores, e o que é o carnaval se não o grande encontro desses três tipos de pessoas relatadas no salmo? Paulo também vai nos recomendar em uma de suas cartas a fugirmos da aparência do mal, ou seja, devemos evitar tudo aquilo que nos induza ao pecar, mesmo que esteja travestido de motivações "evangélicas"
Neste ano, uma das novidade do carnaval de Olinda é o polo gospel, um espaço, nas festividades de carnaval da cidade separado para os evangélicos. O prefeito da cidade, professor Lupércio, disse em entrevista que não criou o polo para os irmãos caírem na folia, mas com um proposito evangelístico e social. Olinda é uma das cidades do Brasil que mais vivi o carnaval, principalmente nos 4 dias de folia, é bloco e troça em todos os lugares, e no meio desse turbilhão de confete e serpentina estão os irmãos expostos a toda essa influencia, incentivados não somente a participar, de certa forma, como se arriscar em meio a criminalidade que aterroriza nosso estado.
O nobre prefeito Professor Lupércio é um crente confesso de uma denominação que não simpatiza com tais iniciativas, é certo que ele não governa para os evangélicos, mas também não pode jogar contra desse jeito, incluir os evangélicos na programação de carnaval é jogar os irmãos aos leões da carnalidade, principalmente levando em consideração que essa turma que vai pra o polo gospel, boa parte dela não tem base bíblica nenhuma para discernir o que é do que não é de Deus, os pastores que estão apoiando esta iniciativa estão arrumando sarna pra se coçar e das brabas.
Não estou torcendo pela desgraça dos meus irmãos, estou colocando os fatos, respaldado na Bíblia, melhor que ele não tivesse feito nada e deixado os evangélicos quietinhos no seu lugar, os que fossem pra retiro, fossem, os que não, ficariam na igreja ou em casa mesmo, orando lendo a Bíblia com suas famílias, ou até indo conhecer o carnaval sem precisar de desculpas como a do polo gospel, mesmo porque, diante de Deus não fará diferença se no coração a intenção é cair na gandaia.
Esse tipo de inclusão vai causar mais problemas do que solução, é uma manobra a qual vai ser um prato cheio para o inimigo das nossas almas, que alem de cuidar dos seus, ainda vai ter a oportunidade de derrubar alguns dos nossos, e o pior é que muitos cairão cantando gloria e aleluia.
Temos que nos mobilizar em oração como igreja, para que o Senhor proteja os seus nesses dias de carnaval, não somente os desviados, como também aqueles irmãos que vão participar deste "polo gospel" Particularmente fico triste e preocupado com essas iniciativas, o entretenimento de fato tornou-se uma via de regra em nosso meio evangélico, ao ponto de, daqui a pouco, não sabermos a diferença daquele que serve e que não serve a Deus.
Se você meu irmão tem filhos, netos ou parentes que gostam de participar dessas programações, os recomende para que não vá e se não tiver como impedir, de preferencia, vá com eles, esteja próximo em virtude de evitar imprevistos desagradáveis, é nessas horas que uma companhia mais experiente, principalmente como crente, faz toda diferença.
DEUS VOS ABENÇOE!!
O IMPACTO DA ARQUEOLOGIA NO ESTUDO DA BÍBLIA
DEFINIÇÃO E HISTÓRIA
A arqueologia é a ciência que estuda o passado humano e as
civilizações antigas a partir de testemunhos concretos. Para a tradição
judaico-cristã a arqueologia sempre teve um significado especial. Desde os
tempos de Justino Mártir (2o. séc. a. C.) já havia um interesse arqueológico
incipiente entre os cristãos. Nos últimos duzentos anos a arqueologia bíblica
tem se desenvolvido muito. Israel, Jordânia, Egito, Síria, Líbano, Iraque,
Turquia, Grécia, Chipre e Itália são os principais países onde é realizada a
pesquisa arqueológica bíblica, que procura relacionar descobertas arqueológicas
com narrativas do texto sagrado.
Os primórdios dessa pesquisa concreta teve início do século
XIX, quando o estudioso alemão Seetzen explorou a Transjordânia, e descobriu
Cesaréia de Filipe, Amã (Rabá 2Sm 11.15) e Gerasa. Em meados do século xix, o
francês De Saulcy foi o primeiro a escavar sítios arqueológicos na atual
Palestina. Já o inglês Charles Warren fez escavações em Jerusalém e datou as
obras de Herodes no grande muro de contenção da antiga plataforma do templo. O
explorador francês Charles Clermont-Ganneau recuperou, por volta de 1870, a
famosa inscrição em pedra de Mesa (2Rs 3.4) e encontrou a famosa inscrição em
pedra que proibia, sob pena de morte, o acesso de gentios ao pátio do templo.
Todavia, foi somente no final do século XIX que surgiu o
primeiro grande arqueólogo das terras bíblicas. Foi o inglês Sir Flinders
Petrie, primeiro trabalhando no Egito e depois na Palestina, que estudou a
cerâmica antiga e desenvolveu um sistema de datação dos períodos e fatos
bíblicos observando e registrando as diferenças na forma, textura e pintura da
cerâmica. Petrie estudou as várias camadas de terra dos sítios antigos e
descobriu que os estratos tinham uma ordem cronológica. Outro arqueólogo muito
importante no século XX foi o americano William F. Albright. Os estudiosos
evangélicos sempre valorizaram muito a obra de Albright, não somente por sua
perícia e conhecimento, mas também porque seu pressuposto era que a Bíblia é um
documento historicamente confiável.
No século XX, devido ao surgimento da chamada “New
Archaeology”, a arqueologia das terras bíblicas passou denominada “Arqueologia
Siro-palestina”. A idéia dessa nova perspectiva é que a arqueologia da região
deveria ser percebida da perspectiva científica. A característica peculiar do
Oriente Próximo com seus aluviões e célebres “tells” deveria delimitar a
arqueologia do Oriente Próximo. Além disso, a arqueologia passou a ter uma
abordagem multidisciplinar (valendo-se dos estudos de arquitetos, antropólogos,
geólogos e osteólogos) e não considerar o texto bíblico como historicamente
exato. A arqueóloga britânica Kathleen Kenyon foi um dos expoentes da nova
abordagem. Sua obra teve grande impacto na estratigrafia.
O PROGRESSO CIENTÍFICO
A arqueologia atual conta com uma gama de técnicas e
análises que vão muito além da mera “pá e picareta”. Segue uma relação da
complexidade dos seus níveis de análise:
Análise da Numismática: As moedas ajudam a datar as
camadas onde são encontradas. As moedas começaram a ser usadas na Ásia Menor
pelos lídios por volta de 650 a.C.
Análise Osteológica: Os restos de esqueletos
encontrados são conservados, identificados e analisados. Observa-se idade,
sexo, alimentação e patologias. Esse é o trabalho de um antropólogo. Algumas
escavações também contratam zoólogos para fazer a mesma análise dos restos de
animais.
Análise Etnoarqueológica: As características étnicas são
estudadas, e se fazem comparações entre os resultados desse estudo e a informação
cultural obtida das antigas camadas do sítio arqueológico.
Análise do Solo: Amostras de terra são analisadas para
ajudar a determinar a concentração de pessoas e animais no sítio e para
identificar o que comiam. Sementes carbonizadas e outras partículas são
separadas, e às vezes tratadas quimicamente para determinar o teor alcalino e
ácido do solo.
Análise da Cerâmica: Todos os utensílios são
guardados, bem como os cacos, bordas, bases, alças. A textura da argila, a
decoração de superfície ou pinturas características diferentes são analisadas.
São úteis na datação do material. As peças são catalogadas, desenhadas e
fotografadas para estudos posteriores.
Análise Especializada:
Dendrocronologia: datação baseada no
crescimento dos anéis na madeira das árvores.
Radiocarbono (radiocronometria) (C 14):
datação baseada no nível de resíduo de carbono 14.
Potássio-argônio: datação de um mineral baseado
no nível de redução do potássio original.
Termoluminescência: datação de cerâmica baseado na energia
radioativa acumulada na cerâmica desde o dia em que foi queimada no forno.
Busca de fissuras: Datação por meio de microscópio de
elétrons que registra a concentração de fissuras fósseis no vidro natural, no
vidro fabricado e em outros materiais.
Arqueomagnetismo: Datação por meio da intensidade do campo
magnético da terra contida nos objetos de argila na época em que esfriaram
depois de queimados no forno.
Flourine: Datação relativa de ossos em que se mede o
flourine absorvido da terra pelo osso, comparando-se esse nível com o de outros
ossos na mesma área (não é absoluta).
Teste radiométrico: datação de ossos e de objetos baseada
na quantidade de urânio presente (não é absoluta).
Conteúdo de colágeno: datação de ossos pela quantidade de
colágeno (baseada na quantidade de nitrogênio dos ossos).
Análise de pólen (palinologia): Análise de grãos de pólen
em relação ao solo e ao ambiente do qual foram extraídos (nível de acidez do
solo, aridez do clima etc.).
OS PERÍODOS DA ARQUEOLOGIA BÍBLICA
A arqueologia bíblica é dividida em períodos específicos,
classificados com base no nível de desenvolvimento da civilização. Tal
classificação leva em conta a tecnologia dos metais utilizados pelo grupo
humano em vista.
PERÍODO
|
DATA
|
HISTÓRIA
|
BRONZE (ou CANANEU)
Primitivo do Bronze
I
II
III
IV
Médio do Bronze
I
IIA
IIB
Posterior do Bronze
I
IIA 1400—1300
a.C.
IIB
|
3150—1200 a.C.
3150—2200 a.C.
3150—2850
a.C.
2850—2650
a.C.
2650—2350
a.C.
2350—2200
a.C.
2200—1550 a.C. Patriarcas (Gn
12-50)
2200—1950
a.C.
1950—1750
a.C.
1750—1550
a.C.
1550—1200 a.C. Êxodo e conquista
(Ex-Jz)
1550—1400
a.C.
1400—1300
a.C.
1300—1200
a.C.
|
História Primeva (Gn 1—11)
Patriarcas (Gn 12—50)
Êxodo e conquista (Ex-Jz)
|
FERRO (ou ISRAELITA)
Ferro I (ou Primitivo do
Ferro) 1200—1000
a.C.
IA
IB
Ferro II (ou Médio do Ferro)
IIA
IIB
Ferro III (ou Posterior
do Ferro IIC) (722
e 586 a.C.)
|
1200—586 a.C.
1200—1000 a.C.
1200—1150
a.C.
1150—1000
a.C.
1000—800
a.C.
1000—900
a.C.
900—800
a.C.
800—586
a.C. (722
e 586 a.C.
|
Monarquia (1Sm—2Rs, Profetas
pré-exílicos)
Reinado de Davi
Divisão do Reino
Queda de Israel e Judá
|
PERSA (ou BABILÔNICO / PERSA
ou Posterior do Ferro)
|
586—332 a.C.
|
Cativeiro babilônico (586—539 a.C.)
(Ezequiel, Profetas pós-exílicos)
|
HELENISTA
I
II (ou Asmoneu / Macabeu)
|
332—37 a.C.
332—152 a.C.
152—37 a.C.
|
Período Interbíblico
|
ROMANO
I (ou Romano Antigo, ou
Herodiano)
II (ou Romano Médio)
III (ou Romano Posterior)
|
37 a.C.—324 d.C.
37
a.C.—70 d.C.
70—180
d.C.
180—324
d.C.
|
Jesus Cristo
Novo Testamento Concluído
|
AS GRANDES DESCOBERTAS
ARQUEOLÓGICAS
O resultado
prático de toda a pesquisa arqueológica realizada nas terras bíblicas pode ser
medido por um grande número de descobertas e pela relevância de tais achados.
Na verdade são centenas de referências importantes que poderiam ser
relacionadas aqui. Dezenas de cidades e centenas de objetos arqueológicos foram
desenterrados e estudados. Aqui apresentaremos as principais descobertas dos
últimos cento duzentos anos bem como sua importância para o estudo das
Escrituras.
1. As Cartas de Amarna. São 380
cartas em acadiano entre cananeus e egípcios. Falam sobre a Palestina do século
XIV a.C.
2. Os Manuscritos do Mar Morto. São
as cópias mais antigas do Antigo Testamento, mil anos mais antigas do que os
disponíveis até então. São centenas de folhas de manuscritos, mas em todos eles
estão bem preservados em relação ao Texto Massorético. São datados entre 200
a.C. a 100 d.C. e foram encontrados em 1947-48 em onze cavernas da região de
Cunrã, no deserto da Judéia. Os manuscritos continham: 1) Cópias integrais ou
parciais de todos os livros canônicos do Antigo Testamento (exceto Ester); 2)
Comentários das Escrituras; 3) Material dos livros apócrifos e pseudepígrafes
do período intertebíblico; 4) Manuscritos das regras e doutrinas da seita (a
espera de dois messias, um secular e um religioso, e a esperança do juízo
divino iminente sobre os ímpios; 5) Textos sobre outros assuntos, como o Rolo
do Templo e o tesouro oculto descrito no Rolo de Cobre.
3. Outros Manuscritos do Antigo
Testamento. Destacam-se o Códice Cairense (Geneza), descoberto em 1890,
contendo muitos manuscritos de grande parte da Bíblia Hebraica, e o Papiro
Nash, descoberto em 1902, contendo poucos versos de Êxodo e de Deuteronômio.
4. As Tábuas de Ebla. São 17000
tábuas em eblita que trazem luz sobre a vida patriarcal. São datadas de
2600-2300 a.C., e foram encontradas na Síria por arqueólogos italianos em 1976.
5. As cartas de Mári. São 20000
tábuas em acadiano, do séc. XVIII a.C. Descrevem costumes, informações detalhadas
e nomes da época patriarcal. Foram encontradas em 1933 por Parrot.
6. O código de Hamurábi. Código de
leis babilônicas que apresenta paralelos com a lei mosaica. É do séc. XVIII
a.C.
7. A Pedra da Roseta. Encontrada
por Champolion no Egito, foi a chave para decifrar o egípcio antigo.
8. Cultura e língua de Ugarite e as
tábuas de Ras Shamra. São cerca de 1400 tábuas em ugarítico (língua
próxima ao hebraico bíblico). Traz muita luz sobre a religião e a literatura
cananita e a poesia hebraica.
9. O Rochedo de Behistun. Achado
fundamental para decifrar a língua babilônica.
10. Cidades, cultura e língua acadianas. De
grande valor histórico e lingüístico. Revela a antiga cultura semita ocidental
da Mesopotâmia. O acadiano é parente do hebraico.
11. O calendário de Gezer. Calendário agrícola
que traz o mais antigo registro do hebraico bíblico; as poucas linhas aparecem
na escrita paleo-hebraica.
12. A Epopéia de Gilgamés. Texto acadiano que
descreve um paralelo muito próximo do dilúvio bíblico.
13. Enuma Elish. Sete tábuas em acadiano que falam da
Ascenção do deus Marduque. Texto paralelo aos relatos da criação de Gênesis.
14. O Prisma de Senaqueribe. Descreve o cerco assírio
de Senaqueribe a Jerusalém em 701 a.C. É datado de 686 a.C. e confirma a história
da resistência do rei Ezequias narrada na Bíblia.
15. As Tábuas de Nuzi. São cerca de 10000 tábuas, e
pertenciam ao antigo império hitita. Descreve a história hitita e traz exemplos
de alianças internacionais do séc. XVII a.C.
16. A Inscrição de Mesa. Encontrada por Klein em 1868,
fala das conquistas de Mesa, rei de Moabe. Conhecida como Pedra Moabita,
menciona Onri, rei de Israel, pai de Acabe, e contemporâneo do rei moabita.
17. A Inscrição de Siloé. Comemora a conclusão do
túnel de Ezequias; é um exemplo importante do hebraico da época.
18. Estela de Merneptá. Encontrada no Egito, em Tebas,
é a mais antiga menção a Israel. Data do séc. XIII a.C.
19. A Cidade de Laquis e as suas cartas. A atual Tell
ed-Duweir, (Js 10.3,31) fica na Shefelá, a oeste de Hebrom. Foi fortificada por
Roboão (2Cr 11.9), capturada pelo rei Senaqueribe (2Rs 18–19), tomada mais
tarde pelos babilônios (Jr 34.7) e habitada até depois do exílio (Ne 11.30).
Era uma das cidades-fortalezas que guardavam os acessos à região montanhosa.
Foi escavada na década de 1930 e de 1970 e 1980. A história de Laquis remonta a
8000 a.C.. Os egípcios exerceram muita influência no local no Período do Bronze
Médio e Posterior. Entre as descobertas importantes destacam-se um templo
cananeu do Bronze Posterior e um palácio do período israelita (Idade do Ferro).
Foram encontrados muitos selos, escaravelhos e registros de impostos egípcios,
vários selos hebraicos, pesos, alças de vasos com inscrições. As cartas de
Laquis são óstraca (cacos de cerâmica com informações) em
hebraico. São 18 cartas que discorrem sobre a conquista babilônica de Judá em
586/7 por Nabucodonosor.
20. Os Papiros do Novo Testamento. Os papiros são os
testemunhos mais antigos do Novo Testamento e datam dos séculos II e III dC. Os
mais importantes, que levam o nome de seus descobridores ou do local onde foram
achados, são: 1) O Fragmento John Rylands, encontrado em 1930, chamado p52,
(trechos de João 18), de cerca de 130 dC. 2) Os papiros de Oxirrinco, diversos manuscritos
encontrados no Egito em 1898. Datam principalmente do século III dC. 3) Os
papiros Chester Beatty, p45, p46 e p47, contendo a maioria do NT, de cerca de
250 dC. 4) Os papiros Bodmer, p66, p72 e p75, contendo grande parte do NT, de
cerca de 175-225 dC.
21. Os Pergaminhos do Novo Testamento. Escritos
em couro de ovelha (ou cabra), são os Manuscritos Unciais, assim chamados
porque foram escritos com letras maiúsculas. Os códices (cópias completas do
NT) mais antigos são o Sinaítico, o Vaticano e o Alexandrino. O Sinaítico foi
descoberto em 1844 pelo conde Tischendorf e data da primeira metade do século
IV dC. Já o Vaticano, ainda que conhecido desde 1475, arquivado na Biblioteca
do Vaticano, só foi publicado em 1889-1890.
22. Cafarnaum e sua Sinagoga. Esse sítio arqueológico
à margem noroeste do lago da Galiléia, é destacado no Novo Testamento (Mt 4.13;
8.5; 11.23; 17.24), em Josefo e no Talmude. As escavações começaram em 1856 e
continuaram a partir de 1968. Há uma sinagoga do segundo século d.C., de pedra
calcária branca, que tinha um salão com colunas com três portas do lado sul na
direção de Jerusalém, galerias superiores e um salão comunitário (ou escola)
com colunas no leste. Escavações recentes mostraram que sob a estrutura atual
havia uma sinagoga mais antiga de pedras pretas de basalto com paredes de mais
de um metro de espessura. Amostras de cerâmica encontradas no piso de basalto
e debaixo dele mostram que essa sinagoga era do primeiro século d.C. ou antes.
Essa sinagoga mais antiga sem dúvida é aquela em que Jesus pregou (Mc 1.21), a
sinagoga construída para os judeus pelo centurião romano (Lc 7.1-5).
23. O templo de Diana. Em 1869 foi
encontrado o templo da deusa Ártemis (Diana) na cidade de Éfeso, mencionado em Atos
19.
A CONCLUSÃO DAS DESCOBERTAS
A
vasta gama de achados arqueológicos pertinentes ao mundo bíblico sem dúvida
trouxe muita informação importante a respeito das narrativas sagradas do mundo
judaico-cristão. Algumas conclusões são inequívocas e merecem destaque:
1. A arqueologia revelou que o
Israel bíblico pertenceu ao mundo semítico, com o qual tinha muitas semelhanças
lingüísticas e culturais. A compreensão desse universo permite um entendimento
mais correto do Antigo Testamento.
2. A arqueologia comprovou em muito
a historicidade bíblica. Dezenas de lugares e fatos anteriormente contestados
por críticos céticos foram mais do que comprovados pela pesquisa arqueológica.
Nas palavras do naturalista Werner Keller “A Bíblia tinha Razão”.
3. O estudo da arqueologia não
resolve todas dificuldades bíblicas. Todo achado arqueológico exige
interpretação. Além disso, há dificuldades ainda não resolvidas plena e
satisfatoriamente como os casos de Jericó e da cidade de Ai.
4. Os achados arqueológicos
desmontaram o historicismo, o liberalismo clássico e o anti-semitismo que
influenciaram muito da literatura crítica do século XIX. Os paralelos entre a
literatura babilônica e hitita dos séculos XVIII e XVII a.C. e o Pentateuco
estão confirmados.
5. A arqueologia trouxe muita luz
sobre a preservação da Bíblia. Centenas de manuscritos confirmaram que o texto
bíblico foi mais preservado que qualquer outro documento antigo da humanidade.
Os Manuscritos do Mar Morto são a maior prova disso.
Bibliografia e Literatura Recomendada:
Dockery, David S. et alli. Manual Bíblico Vida Nova.
São Paulo: Edições Vida Nova, 2001
Cook, Randall. Jerusalém nos dias de Jesus. São Paulo:
Edições Vida Nova, 1993.
Lasor, William S. et alli. Introdução ao Antigo
Testamento. São Paulo: Edições Vida Nova, 1999.
Millard, Allan. Descoberta dos Tempos Bíblicos: São
Paulo: Editora Vida, 1999.
Paroschi, Wilson. Crítica Textual do Novo Testamento:
São Paulo: Edições Vida Nova, 1993.
Sayão, Luiz. NVI: A Bíblia do Século 21. São Paulo:
Vida/Vida Nova, 2001.
Unger, M. Arqueologia do Velho Testamento. São Paulo:
IBR, 1973.
Walton, J. O Antigo Testamento em Quadros. São Paulo:
Editora Vida, 2001.
Por Luiz Sayão