2014 FOI O PIOR ANO DE PERSEGUIÇÃO AOS CRISTÃOS NA CHINA




Para os cristãos chineses, 2014 foi o ano mais difícil comparado aos anos anteriores. A perseguição aos cristãos, praticantes de outros grupos religiosos e defensores dos direitos humanos aumentou mais de 150% no ano passado, de acordo com relatório divulgado pela organização China Aid, nesta terça-feira (28).
Segundo informações, 17.884 pessoas foram perseguidas por suas crenças religiosas. As autoridades detiveram cerca de 3 mil dissidentes e condenou 1.274 pessoas, em comparação com apenas 12 em 2013.
O presidente da China Xi Jinping, do Partido Comunista Chinês (PCC), é o líder mais autoritário desde Mao Zedong. Jinping instituiu uma ampla campanha para suprimir qualquer forma de dissidência, ou seja, qualquer ato de discordância da política oficial. Os cristãos são cada vez mais alvo dessa repressão, bem como os budistas tibetanos, uigures muçulmanos e praticantes da religião Falun Gong, segundo China Aid.
O relatório estima que existam cerca de 70 milhões de cristãos na China, divididos entre igrejas domésticas subterrâneas e igrejas sancionadas pelo Estado. Se espera que o número de seguidores de Jesus aumente. Um professor da Universidade de Purdue estima que a China poderá se tornar a maior nação cristã no mundo até 2030.
O PCC considera a crescente popularidade do cristianismo uma ameaça à sua posição dominante, e tem usado medidas agressivas para intimidar os membros. “A campanha de perseguição do governo chinês incluiu a demolição forçada de igrejas e cruzes, a detenção e prisão de pastores e membros da igreja sob acusações criminais, forçando igrejas a falir, confiscando propriedades da igreja, e manipulando a mídia estatal para rotular igrejas domésticas como ‘organizações de culto’”, disse o relatório.
O PCC também tentou subverter o movimento cristão através de um processo de promoção do “cristianismo com características chinesas”. Os líderes da Igreja são enviados para “locais de educação patriótica”, para incutirem lealdade ao Partido.
“A ‘chinalização’ do cristianismo equivale a ‘descristianização’ da Igreja na China, e erradicar a natureza universal do cristianismo sob a aparência de um ‘cristianismo com características chinesas’ em nome de priorizar os interesses do Partido Comunista, usurpa a doutrina de que ‘Cristo é o cabeça da Igreja’”, disse o relatório.
Advogados de direitos humanos na China têm tido sucesso em defesa aos cristãos. Mais de 100 cristãos foram libertados e estão aguardando julgamento com sua ajuda.
Fonte: CPAD News