por Carl Ballard ©2004
1 Tessalonicenses 1:1-10 Cristãos Exemplares
1 Tessalonicenses 2:1-16 Evangelistas Exemplares
1 Tessalonicenses 2:17 - 3:13 Preocupação com os Irmãos
1 Tessalonicenses 4:1-12 - Deus Nos Chamou para Santificação
1 Tessalonicenses 4:13 - 5:11 Consolai-vos com Estas Palavras
1 Tessalonicenses 5:12-28 Diversas Exortações Finais
2 Tessalonicenses 1:1-12 Cumpre-nos Dar Graças
2 Tessalonicenses 2:1-12 Não Sejam Facilmente Movidos
2 Tessalonicenses 2:13-17 Deus Vos Escolheu
2 Tessalonicenses 3:1-18 Exortações Finais
1 Tessalonicenses 2:1-16 Evangelistas Exemplares
1 Tessalonicenses 2:17 - 3:13 Preocupação com os Irmãos
1 Tessalonicenses 4:1-12 - Deus Nos Chamou para Santificação
1 Tessalonicenses 4:13 - 5:11 Consolai-vos com Estas Palavras
1 Tessalonicenses 5:12-28 Diversas Exortações Finais
2 Tessalonicenses 1:1-12 Cumpre-nos Dar Graças
2 Tessalonicenses 2:1-12 Não Sejam Facilmente Movidos
2 Tessalonicenses 2:13-17 Deus Vos Escolheu
2 Tessalonicenses 3:1-18 Exortações Finais
1 Tessalonicenses 1:1-10
Cristãos Exemplares
Cristãos Exemplares
Quando Paulo chegou
em Tessalônica durante sua segunda viagem missionária, alguns foram
convertidos pela pregação do evangelho. Outros, principalmente judeus
invejosos, rebelaram-se violentamente contra Paulo e os outros
pregadores, querendo levá-los à força para o meio do povo para serem
julgados como criminosos (veja Atos 17:1-5). Como não podiam achá-los, "arrastaram Jasom e alguns irmãos perante as autoridades", acusando-os de hospedar homens que "procedem contra os decretos de César, afirmando ser Jesus outro rei"
(veja Atos 17:6-7). Mesmo com esta tribulação a igreja floresceu.
Alguns meses depois de sua saída de lá, Paulo escreveu para encorajá-los
a continuarem firmes no Senhor com a mesma convicção do início.
Ações de graças (1:1-5). Ao
lembrar desta igreja, Paulo dava sempre graças a Deus pela fé ativa,
amor sacrificial, e esperança firme dela (1:1-3). Paulo e os outros
davam graças a Deus porque os que haviam se convertido se tornaram
irmãos verdadeiros, na mesma família amada de Deus, e eleitos juntos
porquanto obedeceram ao mesmo evangelho (1:4-5).
Modelo para os crentes (1:6-10).
Os irmãos tessalonicenses seguiram o exemplo dos evangelistas e do
próprio Cristo, obedecendo a palavra e aprendendo o viver do servo de
Deus (veja Mateus 28:18-20). Assim, eles mesmos se tornaram exemplos
para outros ao redor (1:6-7). Observemos o exemplo perfeito destes
irmãos:
"A operosidade da [sua] fé" (1:3, 8):
a fé deles era ativa - se dedicavam em divulgar a palavra do Senhor. Fé
verdadeira levará o servo de Deus a ensinar o evangelho por palavra e
por exemplo (veja Colossenses 3:16-17; Atos 4:12-20; 1 Pedro 4:11).
"A abnegação do [seu] amor" (1:3, 9): o amor deles para com Deus se manifestou visivelmente em suas vidas. Eles deixaram de servir ídolos, se converteram a Deus e serviram
a Deus. O amor de Deus exige que deixemos a velha vida e mudemos para
servir a ele de acordo com a sua vontade e não a nossa (veja Marcos
8:34).
"A firmeza da [sua] esperança" (1:3, 10):
os tessalonicenses ficaram firmes mesmo no meio de tribulações porque
sua esperança estava em Cristo, no céu, e não aqui na terra. Muitos
perdem a esperança em tribulação porque esperam por dinheiro ou saúde ou
coisas desta vida. Mas estes esperavam o galardão verdadeiro do céu - a
salvação.
Perguntas para mais estudo:
- Como foram os irmãos "eleitos"? (1:1-5)
- Como era ativa a fé dos irmãos? (1:6-8)
- Os irmãos esperavam o quê? (1:10)
1 Tessalonicenses 2:1-16
Evangelistas Exemplares
Evangelistas Exemplares
A pregação do puro
evangelho do Senhor quase sempre encontra resistência, pois homens
preferem fazer o que lhes agrada do que mudar e fazer a vontade de Deus
(veja João 3:19-20; 2 Timóteo 4:1-4). Quando Paulo e Silas chegaram a
Tessalônica, eles carregavam marcas desta resistência em seus próprios
corpos, pois ainda estavam se recuperando dos açoites que receberam em
Filipos por pregar o evangelho (2:1-2; veja Atos 16:19-23). Mesmo assim,
eles e seus companheiros se empenhavam em pregar sem medo toda a
verdade de Deus aos tessalonicenses.
Firmes em tribulação (2:1-6).
É fácil imaginar que Paulo mudaria sua pregação para não sofrer mais.
Porém, confiando no Senhor, Paulo e os outros pregaram firmemente o
evangelho na sua integridade, a fim de produzirem fruto para Deus
(2:1-2). Eles não estavam preocupados em fazer amigos, ganhar dinheiro,
ou ter reconhecimento dos homens. Deus havia confiado a eles a palavra
da salvação, e por isso podiam pregar somente aquilo que o agradasse e o
glorificasse (2:3-6; veja 1 Pedro 4:11; 2 João 9).
Carinhosos com os irmaõs (2:7-12).
Como prova do seu amor e seus motivos puros para com os
tessalonicenses, Paulo e os outros deixaram de receber deles qualquer
sustento pelo seu trabalho, mesmo que este trabalho era penoso, e mesmo
que eram os escolhidos do Senhor (2:7-9). Em vez disso, olharam para os
irmãos tessalonicenses como seus próprios filhos, com muito amor e
carinho. Qual mãe pede um salário pelo trabalho de cuidar da sua
família? O pai trabalha muito mais na disciplina da sua família do que
para seu chefe, e nunca pensa em receber sustento por isso (2:10-12;
veja Hebreus 12:5-11; 1 Timóteo 4:11-16; 2 Timóteo 4:1-5; Tito 2:15).
O resultado (2:13-16).
Vendo que Paulo e os outros não mudaram a pregação para ela ser
"conveniente", mesmo quando isto trouxe perseguição, os tessalonicenses
entenderam que ela era verdadeiramente a palavra de Deus (2:13). Com a
convicção de que estavam servindo a Deus de acordo com a verdade, os
tessalonicenses ficaram firmes em tribulação, assim como fizeram as
outras igrejas, os apóstolos, e o próprio Senhor Jesus (2:14-16).
Perguntas para mais estudo:
- Se a maioria não recebe bem o evangelho, devemos mudá-lo? (2:1-6)
- É lícito pagar um pregador? (2:7-9) Isto deve ser motivo de pregar? Como o pregador é como "mãe" e "pai" dos instruídos? (2:7-12)
- O que convenceu os tessalonicenses e os capacitou a continuar servindo a Deus mesmo em meio a dificuldades? (2:13-16)
1 Tessalonicenses 2:17 - 3:13
Preocupação com os Irmãos
Preocupação com os Irmãos
Saudades deles (2:17-20). Paulo
e os que estavam com ele não foram embora de Tessalônica porque
queriam. Antes, por causa da tribulação dos judeus invejosos, os irmãos
os impeliram a saír de noite às pressas (Atos 17:5-10). Estando longe
dos irmãos pelas circunstâncias, com grande amor Paulo e os outros
faziam de tudo para poder estar com eles novamente, onde teriam motivo
de alegria e glória perante Deus (2:17,19-20). Porém, Satanás os
impediu, fazendo com que fosse necessário que pregassem o evangelho
também para pessoas perdidas em outros lugares (2:18; veja 2 Timóteo
2:24-26; Atos 17:16; etc.).
Paulo envia Timóteo (3:1-5).
Enquanto estavam separados, Paulo ficou preocupado com a saúde
espiritual deles, posto que continuavam sendo perseguidos. Por isso, ele
mandou Timóteo para servi-los "em benifício da [sua] fé".
Como ministro do evangelho, o trabalho dele era de fortalecer os irmãos
e encorajá-los a não se deixarem abalar por causa do sofrimento
(3:1-3). A tribulação faz parte da vida cristã, e Timóteo precisava
lembrá-los disso para que não desistissem na luta contra "o Tentador"
(3:3-5; veja Filipenses 1:29-30; 2 Timóteo 3:12). Paulo lhes mandou
Timóteo porque sabia que a pregação do evangelho é a única coisa capaz
de dar ao homem o que é preciso para resistir a todos os ataques do
diabo (veja João 8:31-36; Efésios 6:10-18).
Consolados pelas boas notícias (3:6-13).
Quando ele voltou da Tessalônica, Timóteo trouxe melhores notícias do
que haviam esperado. Visto que os irmãos continuavam firmes em Cristo,
Paulo podia sentir alívio mesmo no meio de sua própria tribulação
(3:6-8). Notemos que consolação e paz em Cristo não são o resultado de
uma vida sem persegui-ções, e sim de uma vida cujo foco é o Senhor e o
bem-estar dos servos dele (veja Filipenses 4:4-9; 1 Timóteo 2:1-4).
Sobremaneira
alegres com estas notícias, Paulo e os outros reagiram com constantes
ações de graças a Deus, pedindo ainda mais que Deus lhes concedessem
maneira de estarem todos juntos novamente (3:9-11). Além das ações de
graças, Paulo pediu que Deus ajudasse os tessalonicenses a continuarem
crescendo em amor, a fim de que fossem inteiramente prontos para a vinda
de Jesus (3:12-13).
Perguntas para mais estudo:
- Como Satanás "barrou o caminho" de Paulo de volta à Tessalônica? (2:17-20)
- O que Timóteo fez para ajudar os irmãos a ficaram firmes no meio das suas perseguições? (3:1-5)
- Como Paulo se sentiu ao saber que os irmãos estavam firmes? (3:6-8) Qual a reação natural dele a estas notícias? (3:9-13)
1 Tessalonicenses 4:1-12
Deus Nos Chamou para Santificação
Deus Nos Chamou para Santificação
Continuem progredindo (4:1-2). Ao
ouvir o evangelho de Cristo e ao recebê-lo como a palavra de Deus e não
como a dos homens (veja 1 Tessalonicenses 2:13), os tessalonicenses
aprenderam a maneira pela qual deviam viver e agradar a Deus (4:1). O
evangelho revela "a justiça de Deus", ou seja, tudo aquilo que Deus
julga necessário que saibamos, a fim de vivermos vidas que lhe sejam
agradáveis e que levem à vida eterna (veja Romanos 1:16-17; 2 Pedro
1:3-4). Estes irmãos foram "inteirados" nas instruções do Senhor Jesus
(4:2; veja Mateus 28:18-20), e precisavam continuar "progredindo cada vez mais"
(4:1). A vida cristã não é o resultado do mero conhecimento da vontade
de Deus, e sim da prática desta vontade (veja Tiago 1:22-25).
Da santidade (4:3-8). O ensino do evangelho visa a vontade de Deus para nos santificar (4:3; veja 1 Pedro 2:4-5, 9-10). "Santificar" (e assim, "santo," "santidade,"
etc.) literalmente quer dizer "separar", e significa que Deus, pelo
evangelho, separa do mundo para salvação as pessoas que lhe obedecem
(veja Hebreus 5:9; 2 Tessalonicenses 2:13-14; 1 Pedro 1:14-16). Quem é
santo se disciplinará na vontade de Deus em todos os aspectos da sua
vida, mas aqui Paulo fala explicitamente de santidade nas relações
sexuais. A ordem de Deus é que o cristão não participe de prostituição,
ou seja, relações sexuais antes de casar ou com quem não é seu cônjuge
(4:3).
Estas não são meras
recomendações de Paulo baseadas na ética ou na moralidade, e sim são
mandamentos de Deus, visando a disciplina e a santidade do corpo e da
mente, pois até "o desejo de lascívia" não cabe a
pessoas que conhecem a Deus (4:4-5). O cristão se afastará da
sensualidade do mundo, sabendo que Deus vai julgar toda impureza, quer
seja pública, quer seja em particular (4:6-8; veja Hebreus 4:12-13).
Do amor fraternal (4:9-12).
Nunca é possível amar demais, e mesmo que os irmãos já fossem
instruídos e estivessem fazendo bem na prática do amor fraternal, Paulo
achou necessário exortá-los a progredir (4:9-10). Ele lhes deu exemplos
de como aplicar o amor em suas vidas: vivendo sua própria vida de
maneira que não perturbassem a outros (veja Romanos 12:17-18, 13:13-14),
e trabalhando para suprir as suas necessidades e as de outras pessoas
(veja Efésios 4:28), para que não viessem a ser um peso a ninguém
(4:11-12).
Perguntas para mais estudo:
- É mais importante conhecer a vontade de Deus ou praticá-la? (4:1-2)
- Qual o mandamento de Deus acerca de relações sexuais? Como isto se aplica também à mente cristã? (4:3-8)
- Qual a relação entre nosso trabalho e o amor ao próximo? (4:9-12)
1 Tessalonicenses 4:13 - 5:11
Consolai-vos com Estas Palavras
Consolai-vos com Estas Palavras
Acerca dos que "dormem" (4:13-18). A morte é um assunto que assusta quase todos. Mas a Bíblia afirma que Cristo veio para destruir "aquele que tem o poder da morte, a saber, o diabo" e livrar "todos que, pelo pavor da morte, estavam sujeitos à escravidão por toda a vida"
(Hebreus 2:14-15). A palavra do Senhor foi revelada para que pessoas
não fossem desconhecedoras dos planos de Deus (4:13; veja 1 Coríntios
12:1). Os irmãos tessalonicenses conheceram e aceitaram a palavra, e não
faria sentido eles encararem a morte com o desespero daqueles que não
conhecem a Deus (veja 4:5). Por isso, Paulo, assim como fazia Jesus,
trata os mortos como "os que dormem" (4:13-15; veja Marcos 5:39; João
11:11-14). Essa descrição é bastante consoladora, pois realça que a
morte é um estado temporário. Assim como quem dorme acordará, também
quem está morto ressuscitará (veja João 5:24-29; 1 Coríntios 15:21-22). A
morte e a ressurreição de Jesus são a garantia disso (4:14). Posto que
no último dia todos serão ressuscitados, Paulo fala aqui apenas
dos "mortos em Cristo", ou seja, daqueles que morrem obedientes a Jesus
(4:16). O verdadeiro consolo é que a morte física dos fiéis não tira
deles o galardão. De fato, quando Cristo voltar, eles ressuscitarão
primeiro e virão em sua companhia para buscar os fiéis que ainda vivem
(4:14-18).
"Vigiemos e sejamos sóbrios" (5:1-11).
Muitos perdem seu tempo "estudando" os "sinais dos tempos" para
determinar exatamente quando o Senhor voltará. Estes trabalhos são
geralmente espetaculares e assustadores para quem não conhece a Bíblia.
Porém, a palavra de Deus deixa claro que o Senhor virá "como ladrão de
noite", quando as pessoas menos esperam (5:1-3; veja Mateus 24:42-44).
Assim como o ladrão não avisa quando vai chegar, é certo que também não
haverá avisos sobre quando Cristo voltará.
Portanto, Paulo aconselha os irmãos a viverem sempre preparados como "filhos da luz e filhos do dia"
(5:4-7; veja João 12:35-36). Quem obedece a palavra anda na luz, como
Cristo andou (veja 1 João 1:5-7), sempre vigilante e sóbrio (5:6-8). A
vida do cristão é uma vida de passos deliberados e não apenas uma vida à
deriva. O cristão, pelo estudo honesto da palavra de Deus, vai se
revestir de fé, amor e esperança, a fim de "alcançar a salvação mediante nosso Senhor Jesus Cristo" (5:8-9). Assim, quem anda na luz terá a esperança de estar com Jesus seja na vida, seja na morte (5:10-11).
Perguntas para mais estudo:
- Por que Paulo disse que os mortos "dormem"? (4:13-16). Como temos certeza que eles "acordarão"? (4:14,16).
- De acordo com o texto, quais serão os sinais da vinda do Senhor? (5:1-3).
- Já que ninguém sabe quando o Senhor vai voltar, qual a responsabilidade dos "filhos da luz"? (5:4-11).
1 Tessalonicenses 5:12-28
Diversas Exortações Finais
Diversas Exortações Finais
Para que os tessalonicenses continuem a crescer, Paulo termina a carta com várias exortações práticas.
Valorizar os líderes (5:12-13).
Deus determinou que a fé e o crescimento espiritual viriam pela
pregação da palavra (veja Romanos 10:17; 2 Timóteo 2:15). Ele concedeu e
capacitou homens para fazerem este trabalho (veja Efésios 4:11-16; 1
Timóteo 3:1-13; Tito 1:5-9). Assim, é uma grande bênção do Senhor quando
homens fiéis e maduros nos admoestam e nos corrigem pela palavra da
verdade. Em vez de ficar irritado com quem o admoesta, o cristão deve
apreciar e amar os que se dedicam neste serviço de cuidado pelas almas
de outros.
Ajudar pessoas que têm dificuldades (5:14-15). Nem
todos os membros de uma congregação serão espiritualmente maduros, e
alguns até precisarão de atenção imediata. Os insubmissos, por exemplo,
deixam de andar de acordo com o ensino do evangelho e isto influencia a
congregação toda. É necessário admoestá-los para que entendam o perigo
do pecado e não contaminem os outros com sua rebeldia (veja 1 Coríntios
5:1-6). A luta contra o pecado é dura, e às vezes haverá quem se
desanime. Devemos consolar estes com a lembrança da esperança eterna,
para que não desistam de vez (veja 4:13-18; 5:11; Hebreus 12:1-13). E
alguns, por serem novos na fé ou por não terem crescido como deviam,
serão mais fracos e precisarão de bastante ajuda dos outros membros para
que cresçam além das suas fraquezas. Pois, a igreja é um corpo, e não
funcionará bem se seus membros não são fortes e saudáveis (veja 1
Coríntios 12:25-26).
Ao lidarmos com
essas necessidades especiais, devemos ser pacientes, e nunca devemos
"corrigir" alguém por motivo de vingança, mas somente por causa da
preocupação com as suas almas (5:14-15; veja Tiago 5:19-20).
A vida constante (5:16-18).
Não importa a situação, o cristão terá sempre motivo para regozijo,
oração e ações de graças (veja Filipenses 4:4-13). Estas coisas são a
reação natural na vida de quem tem a salvação em Cristo Jesus (veja
Salmo 51:10-15).
Acerca das profecias (5:19-22). A
palavra de Deus foi revelada pelos apóstolos e profetas no Espírito
(veja Efésios 3:3-5). É a responsabilidade de cada pessoa aceitar o que
vem de Deus e rejeitar o que é do mal. Há necessidade, então, de
julgarmos tudo que aprendemos para que possamos fazer a vontade de Deus
com discernimento (veja Hebreus 5:13-14). A única maneira que temos para
julgar o que pessoas nos ensinam sobre Deus é de compará-lo com a
palavra do Espírito que já nos foi confirmada na Bíblia (veja Hebreus
2:1-4; 1 João 4:1; 2 João 9-10).
Desejos finais (5:23-28).
Ao terminar a carta, Paulo ressalta a fidelidade de Deus em santificar
inteiramente os que lhe obedecem (5:23-24). Então, ele pede a oração dos
irmãos (5:25), lhes manda uma saudação de amor santo (5:26), e pede que
leiam a carta perante todos (5:27). A carta encerra com a graça de
Deus, assim como começou (5:28; veja 1:1).
Perguntas para mais estudo:
- Como devemos tratar pessoas que nos admoestam pela palavra? (5:12-13)
- Por quê é tão necessário ajudar as pessoas com dificuldades? (5:14-15)
- É errado uma pessoa "julgar" o ensinamento de outros? (5:19-22)
2 Tessalonicenses 1:1-12
Cumpre-nos Dar Graças a Deus
Cumpre-nos Dar Graças a Deus
Provavelmente
apenas alguns meses depois de enviar sua primeira carta, Paulo, ainda
junto com Silvano e Timóteo, escreve mais uma vez à igreja dos
tessalonicenses (1:1-2).
Dando graças pelo crescimento deles (1:3-5).
Na primeira carta Paulo e seus companheiros oraram pelo crescimento da
fé e do amor dos tessalonicenses (1 Tessalonicenses 3:11-13). Portanto,
ao começar a segunda carta, agradecem a Deus pela maneira que ele já
estava respondendo a estas orações nas vidas dos irmãos (1:3). Mesmo em
meio a muita perseguição e tribulação, a fé e o amor deles continuava
crescendo de tal forma que Paulo podia usar estes irmãos como exemplos
perante as outras igrejas que ele visitava (1:4; veja 1 Tessalonicenses
1:6-10; 2 Coríntios 8:1-5). Paulo disse que tanto as provações quanto a
confiança destes irmãos eram provas de que Deus é justo e que os estava
preparando para o seu reino (1:5). De fato, enquanto muitos evitam a
todo custo o passar por tribulações, a Bíblia ensina que elas são úteis,
e que fazem parte do crescimento espiritual (veja Tiago 1:2-4). Não que
o cristão deva procurar ou provocar tribulação na sua vida ou na dos
outros (veja Romanos 12:17-18), mas a própria vida de piedade traz
perseguição para pessoas convertidas que ainda habitam um mundo dominado
pelo mal (veja João 17:15-16; 2 Timóteo 3:10-13; 1 João 3:13).
Dando graças pelo reto juízo de Deus (1:6-10). Muitos
se desesperam ao ver pessoas que não buscam a Deus se dando bem nesta
vida enquanto as que o buscam em verdade sofrem (veja Salmo 73:2-13).
Porém, Deus a tudo vê e a justiça dele é verdadeira (veja Hebreus
4:12-13). Paulo consola os irmãos com a lembrança de que a justiça de
Deus trará alívio para eles e tribulações para aqueles que agora os
perseguem "quando do céu se manifestar o Senhor Jesus com os anjos do seu poder", ou seja, no dia de julgamento (1:6-7). Neste dia Deus há de tomar "vingança contra os que não conhecem a Deus e contra os que não obedecem ao evangelho do nosso Senhor Jesus" (1:8).
Ele é justo em assim fazer, porque todos foram criados para buscá-lo, e
porque ele enviou seu Filho para os chamar por meio do evangelho (veja
Atos 17:24-31; 2 Tessalonicenses 2:13-14). No julgamento Deus fará clara
distinção entre os justos e os injustos, expulsando os rebeldes da sua
presença eternamente e sendo glorificado na obediência e na fé dos
santos (1:9-10).
Oração que glorifiquem e que sejam glorificados (1:11-12).
Em vista da justiça eminente de Deus, Paulo e os outros continuam
orando ferverosamente a favor dos irmãos, para que, ao passar por tudo,
sejam cada vez mais preparados (1:11). Assim, quando Cristo vier para
julgar, ele será mostrado justo - glorificado pela obediência destes
irmãos que se mantiveram fiéis apesar das tribulações, e glorificando-os
com o alívio eterno da graça da sua presença (1:12; veja 1:6,9).
Perguntas para mais estudo:
- Passar por tribulações é prova de que uma pessoa não é fiel a Deus? (1:3-5)
- É pecado não conhecer a Deus e não obedecer o evangelho? (1:6-8)
- Qual o castigo de Deus contra todos os que lhe desobedecem? (1:9-10)
2 Tessalonicenses 2:1-12
Não Sejam Facilmente Movidos
Não Sejam Facilmente Movidos
Depois de orar
pela glorificação futura destes irmãos junto com Cristo (veja 1:11-12),
Paulo corrige uns erros acerca da vinda de Jesus que estavam perturbando
os irmãos.
Primeiras coisas primeiro (2:1-6).
Alguns dos tessalonicenses ouviram um ensinamento errado de que talvez o
Senhor já tivesse voltado (2:2; veja também 2 Timóteo 2:16-19). É claro
que isto perturbaria estas pessoas esforçadas em fazer a vontade de
Cristo. Poderiam imaginar que haviam sido esquecidas no julgamento, já
que não estavam com Jesus conforme a promessa. Paulo os consola,
lembrando-os que, de fato, haverá uma "reunião" dos irmãos com o Senhor.
Explicou que os ensinamentos errados que ouviram não vieram por meio
dos apóstolos e profetas de Jesus (2:1-2; veja Efésios 3:3-5).
Portanto, os
irmãos não deveriam se abalar ou se deixar enganar. Em vez disso,
deveriam lembrar-se de tudo que Paulo já havia lhes ensinado (2:3-4).
Muitos continuam até hoje perturbados desnecessariamente acerca da volta
do Senhor porque dão ouvidos a fábulas e histórias fantásticas quando
deveriam estudar e praticar o que foi revelado pelos apóstolos. Paulo
estava confiante que tudo que os irmãos precisavam saber ele já havia
revelado (2:5-6).
A operação do erro (2:7-12). Paulo
os lembra de que as forças do mal continuarão operando ocultamente no
mundo ("o mistério da iniqüidade") até mesmo a volta do Senhor. Então
tudo será exposto ("revelado") e o Senhor destruirá com facilidade os
que praticam o erro (2:7-8; veja 1:6-10; Mateus 7:21-23).
Mesmo que o
Senhor seja capaz de destruir com seu sopro as forças de Satanás, não
devemos imaginar que sejam fracas e facilmente vencidas por nós. Paulo
disse que o erro que opera no mundo é "segundo a eficácia de Satanás, com todo poder, e sinais, e prodígios da mentira, e com todo engano de injustiça..."
(2:9-10). A Bíblia ensina que Satanás é um mentiroso que se aproveita
de qualquer astúcia para enganar os fiéis. Cientes disso, cristãos
precisam de muito cuidado para não caírem no engano. De fato, Deus
sempre deu ao seu povo avisos sobre falsos sinais e profecias (veja
Deuteronômio 13:1-5; 2 Pedro 2:1; 1 João 4:1). Paulo mostra claramente
que os que se perdem são aqueles que "não acolheram o amor da verdade para serem salvos"
(2:10). Portanto, para não cair no engano do poder de Satanás é preciso
muito mais de que apenas conhecer a verdade na palavra de Deus - é
necessário amar a verdade, praticando-a completamente!
A palavra de Deus é suficientemente simples para convencer a todos os que querem
acreditar na verdade (veja João 7:17). O problema do pecado não vem
pela falta de inteligência, e sim pela falta de vontade de agir de
acordo com a verdade. Para pessoas que não querem aceitar a verdade,
Deus permite que a mentira seja bem convincente (2:10). De fato, os que
rejeitam a verdade de Deus perdem o discernimento, e acreditam nas
mentiras absurdas que Satanás cria no mundo (veja Romanos 1:18-32).
Todos nós seremos julgados pelo que fazemos com a verdade (2:11; veja
João 12:47-48).
Perguntas para mais estudo:
- Como Paulo consolou os irmãos que estavam perturbados? (2:1-6)
- Sinais e prodígios são sempre sinal da presença do Espírito Santo? (2:9-10)
- Por quê pessoas acreditam em mentiras absurdas? (2:11-12)
2 Tessalonicenses 2:13-17
Deus Vos Escolheu
Deus Vos Escolheu
Enquanto o
mundo jaz na operação do erro por haver desprezado a palavra da verdade
(veja 2:9-12), Paulo dá graças a Deus pelo que o Senhor fez com os
tessalonicenses desde que estes aceitaram e obedeceram a palavra (veja 1
Tessalonicenses 1:8-10; 2:13).
Deus os escolheu (2:13-14). Paulo chama os irmãos de "amados pelo Senhor"
(2:13). De fato, Deus ama a todos e deseja a salvação de cada um (veja
João 3:16 e 1 Timóteo 2:3-4), mas Paulo se refere aqui ao amor especial
que Deus tem pelos que se tornam verdadeiramente seus filhos pela
obediência ao evangelho (veja João 1:12; 1 João 3:1). Estes amados foram
escolhidos por Deus "desde o princípio para a salvação". O Senhor fez o plano para salvar os homens obedientes, como estes, mesmo antes de ele formar o mundo (veja Efésios 1:3-5).
A salvação que Deus planejou vem "pela santificação do Espírito e fé na verdade" (2:13).
Deus é santo e exige que os que se aproximam dele também sejam santos
(a palavra santo quer dizer "separado"; veja 1 Pedro 1:14-16). Quem ama a
verdade não anda como o mundo, pois o mundo age pelo erro e pela
mentira. Assim, Deus santifica quem pratica a verdade (veja João 17:17).
Portanto, é
necessário conhecer a verdade para poder praticá-la. O Senhor revelou
toda a verdade por meio do evangelho, e por ele chama todos à obediência
(2:14; veja Romanos 1:16-17; 1 Pedro 1:22-25; etc.). Quem obedece ao
evangelho será ressuscitado e glorificado com Jesus, para estar
eternamente na presença de Deus (veja Romanos 6:3-9, 8:18-23; 2
Coríntios 4:16-18; etc.).
O dever dos escolhidos (2:15). Como temos visto, o mero conhecimento da verdade não é o suficiente para a salvação, pois Deus santifica quem pratica a verdade. Assim, Paulo enfatiza para os irmãos tessalonicenses a necessidade de continuar com toda firmeza nas "tradições que vos foram ensinadas" (2:15).
Devemos entender que as tradições religiosas dos homens são fortemente
condenadas por Jesus (veja Mateus 15:1-20). Aqui, porém, Paulo usa a
palavra para descrever tudo que ele pessoalmente ensinava. Quando Paulo
ensinava em cada lugar, e escrevia as cartas mais tarde, ele falava a
verdade de Deus em Cristo Jesus (veja 1 Coríntios 2:1-2 e 12-13, 14:37).
Como ele ensinava a mesma coisa em todas as igrejas (veja 1 Coríntios
7:17, 16:1; Gálatas 1:1-2; Colossenses 4:16; etc.) e os irmãos
praticavam o que Paulo os ensinava, a verdade de Cristo se tornou a
"tradição" na prática dos santos.
A oração pela firmeza dos escolhidos (2:16-17). Deus provou seu amor pelos santos lhes entregando, pela sua graça, a palavra que dá "eterna consolação e boa esperança"
(2:16). Sendo que os irmãos têm se mostrado fiéis à palavra, Paulo ora
para que Deus possa consolar os seus corações, mesmo em meio as
tribulações, e os manter firmes na verdade em tudo o que fizerem e
disserem (2:17; veja Colossenses 3:16-17).
Perguntas para mais estudo:
- Qual a vontade de Deus para os que praticam a verdade? (2:13-14)
- É possível conhecer toda a verdade? Como? (2:13-14)
- Devemos seguir todas as "tradições" que são ensinadas? (2:15)
2 Tessalonicenses 3:1-18
Exortações Finais
Exortações Finais
Havendo
falado muito sobre o reto juízo de Deus contra os rebeldes (veja 1:6-10;
2:7-12), Paulo agora mostra como os irmãos podem ajudá-los antes que
seja tarde demais.
Ajuda pela oração (3:1-5).
Para escapar do juízo, é necessário conhecer a Deus e obedecer ao
evangelho (veja 1:8). Consciente disso, Paulo pede que os
tessalonicenses orem a favor de seu trabalho. Antes ele elogiou o
exemplo deles em propagar a palavra (veja 1 Tessalonicenses 1:6-10).
Agora pede as suas orações para que possa pregar com a mesma coragem e
fé (3:1). Antes ele ensinou que Deus julgará os que perturbam os servos
fiéis (veja 1:6). Agora pede orações para que os "homens perversos e maus" que rejeitam a fé não impeçam que ele pregue livremente (3:2; veja Atos 17:1-5, 10-13).
Mesmo que
alguns desprezem o evangelho, o Senhor se mantém fiel. Assim, os que
aceitam e continuam na palavra serão espiritualmente confirmados e
protegidos contra o diabo, a fim de conseguirem maior amor e firmeza no
Senhor (3:3-5; veja Filipenses 4:4-9).
Ajuda pela correção (3:6-18). Enquanto
alguns são rebeldes contra Deus por ainda não haverem ouvido e
reconhecido a palavra da verdade, há outros que se rebelam mesmo depois
de se converter ao Senhor. No caso destes, é preciso mais do que apenas
oração. Paulo ensina que é necessário se separar de "todo irmão que ande desordenadamente"
(3:6). A palavra "desordenadamente" é uma palavra militar que descreve
um soldado que não segue as instruções do seu comandante, ou que marcha
fora da ordem dos outros da sua companhia. As instruções que dão ordem
são "a tradição que de nós recebestes", ou seja, a palavra do evangelho que Paulo pregou, junto com o próprio exemplo dele (3:6-9; veja 2:15).
Na sua
primeira carta, Paulo falou da necessidade de "admoestar os insubmissos"
(veja 1 Tessalonicenses 5:14), algo que ele mesmo fez enquanto estava
junto deles (3:10). Na segunda carta o assunto em questão é de irmãos
que, em vez de trabalhar para o seu sustento e para ajudar outros, "andam desordenadamente" e "se intrometem na vida alheia" (3:10-13; veja Efésios 4:28). Paulo diz que qualquer irmão que "não preste obediência à nossa palavra"
deve ser "notado", que a associação com o grupo deve ser cortada, e que
os irmãos devem adverti-lo (3:14-15). O ensino de Paulo de se apartar
destes insubmissos talvez pareça radical, mas visa a correção e a
salvação deles. Notando-os publicamente e afastando-os do grupo fará com
que sintam vergonha dos seus pecados. Assim, com as advertências
contínuas dos irmãos em amor, a esperança é que eles se arrependam e
voltem a servir a Cristo (veja 1 Coríntios 5:1-5,9-11; 2 Coríntios
2:5-7).
Confiante que
os tessalonicenses continuarão servindo a Deus de acordo com a palavra,
Paulo deseja paz e a presença do Senhor com eles (3:16-18). Se nós
desejarmos estas coisas, temos que aplicar plenamente o ensino do
evangelho em nossas vidas.
Perguntas para mais estudo:
- Para quê Paulo pedia orações? (3:1-2)
- Quem são os desordenados? (3:6,14)
- Como se deve tratá-los? (3:6,14-15)