Postado por Presbítero André Sanchez Ainda não recebe os estudos bíblicos do Presbítero André em seu e-mail? 80 mil pessoas já recebem! Não deixe para amanhã, Cadastre-se grátis (em 30 segundos) clicando aqui
Problemas em casa! Quem não tem? É em nossa casa, ao lado dos familiares, que costumamos nos despir de qualquer máscara que usamos em nossa sociedade e somos nós mesmos de fato e de verdade, com todos os defeitos e qualidades. Alguém disse que se você quiser conhecer de fato como alguém é, basta que veja como essa pessoa se porta em sua casa. E é no ambiente familiar, onde todos estão mais à vontade, que costumam aparecer grandes conflitos. Pais com filhos, maridos com esposas, sobras com genros, cunhados com cunhados, etc. Apesar de todos os conflitos e dificuldades dentro da família, não podemos negar que a família ainda é o melhor ambiente do mundo. O que devemos fazer é saber lidar com os esses conflitos familiares de forma sábia e, assim, melhorar as nossas relações e convivência na família. Foi por isso que preparei 10 dicas infalíveis, que se forem seguidas, irão ajudar qualquer pessoa a lidar de uma forma sábia com os conflitos familiares e fazer de seu ambiente familiar um lugar melhor.
Você verá que essas dicas são focadas do “eu”. Não podemos mudar as outras pessoas, apenas podemos mudar a nós mesmos. E a partir das nossas mudanças conseguimos provocar mudanças nas situações ao nosso redor.
1-) Saiba ouvir
Somos ávidos para impor nossa opinião quando estamos em um conflito. Queremos de toda forma provar que estamos certos (mesmo que estejamos errados). A Bíblia, porém, nos ensina que saber ouvir é um poderoso segredo para não passarmos vergonha e sermos insensatos diante dos conflitos familiares: “Quem responde antes de ouvir, comete insensatez e passa vergonha.” (Pv 18:13). Aprenda a ouvir mais! Aprenda a deixar a outra pessoa expor o ponto de vista dela. Muitos conflitos ocorrem e se mantém pelo simples fato de uma pessoa não ouvir a outra. Às vezes o problema gerador do conflito nem é tão grande, poderia ser facilmente resolvido, mas como ninguém se ouve, não há como dialogar sobre o conflito e solucioná-lo.
2-) Não interrompa quando a outra pessoa estiver falando
Tão importante quanto saber ouvir é saber respeitar o espaço de cada um. Interrupções acaloradas enquanto o outro fala só vão jogar mais lenha na fogueira. Diante dos conflitos familiares é preciso chamar o domínio próprio para participar e aprender a respeitar o espaço do outro em sua argumentação, ainda que esteja errado. Interrupções atrapalham a compreensão de cada parte e o problema acaba não sendo resolvido. Aprenda a controlar a raiva, o ressentimento ou qualquer outro sentimento negativo envolvido e deixe o outro falar.
3-) Escolha a melhor hora para falar
Apesar de ser sempre importante que a verdade seja dita, precisamos aprender que a verdade não pode ser dita de qualquer jeito, em qualquer momento. A Bíblia nos ensina: “Tens visto um homem precipitado nas suas palavras? Maior esperança há para o insensato do que para ele.” (Pv 29:20). Diante dos conflitos familiares sempre reflita se aquele momento mais acalorado é o momento ideal para um diálogo verdadeiro. Às vezes algumas verdades precisam sim ser ditas, mas em um novo momento, num momento mais ideal, onde cada um possa pensar com a cabeça mais “fresca”.
4-) Não resolva nada enquanto estiver com a cabeça quente
Sabemos que conflitos familiares exigem a tomada de decisões para que os problemas sejam sanados. O problema é que muitos tomam essas decisões enquanto estão de cabeça quente. Resultado? Muitas decisões equivocadas. Alguém já disse que nunca devemos tomar decisões quando estamos tristes demais e nem quando estamos alegres demais. Isso é verdade, pois quando estamos alterados emocionalmente nossas decisões tendem a não ser racionais. Se estiver vivendo um conflito familiar prefira tomar decisões quando a cabeça estiver “fria”. A Bíblia nos ensina que “O ânimo sereno é a vida do corpo…” (Pv 14:30). Procure essa serenidade tão importante para que seus problemas de relacionamentos sejam resolvidos de forma saudável.
5-) Defina claramente qual é o problema
Alguém já disse que o problema não é o problema. O problema em si é apenas uma situação que se descontrolou de alguma forma. Esse não é o problema em si. O problema é a falta de capacidade das pessoas em lidarem com o problema e resolvê-lo. Isso se dá porque geralmente levamos os conflitos familiares para o lado pessoal. Ou seja, sempre nos achamos agredidos de alguma forma. Isso atrapalha enxergar realmente qual é o problema e como tratá-lo racionalmente. Não é difícil algum familiar ficar magoado com outro porque ele “falou alto comigo” ou porque “não me ama mais” ao invés de tentar, com argumentos e reflexões sensatas, entender o porquê estão em conflito e solucionar a partir da causa real.
6-) Pense em como resolver o problema
Ao invés de partir para qualquer tipo de agressão, parta para a solução. Vale muito a pena manter a paz no ambiente familiar. Por isso, no que depender de você busque soluções, mesmo que isso implique em ser humilde e abrir mão de uma opinião que tenha, em favor da paz. A Bíblia nos ensina que “O homem iracundo suscita contendas, mas o longânimo apazigua a luta.” (Pv 15:18). É muito mais sábio apaziguar conflitos familiares resolvendo as diferenças do que colocar mais gasolina na fogueira e aumentar a dor de cabeça. Seja um solucionador de problemas e não um causador de mais.
7-) Reconheça se estiver errado
Todos que entram em uma discussão se consideram a parte que está certa. Mas no fundo no fundo, quem está errado sempre tem alguma consciência disso. Se você estiver errado, mesmo que seja uma mínima consciência de que está errado, reconheça o erro. A Bíblia ensina que “O que encobre as suas transgressões jamais prosperará; mas o que as confessa e deixa alcançará misericórdia.” (Pv 28:13). O poder da atitude de reconhecer um erro e pedir perdão é muito maior do que imaginamos. Muitos pensam que somente os fracos perderiam uma discussão, mas a Bíblia é clara e ensina que os fracos são os que encobrem seus erros. Ter humildade para reconhecer que está errado dentro dos conflitos familiares é uma atitude capaz de resolver definitivamente o conflito.
8-) Não jogue as coisas “na cara” da outra pessoa
É muito comum nos conflitos familiares que as partes comecem a jogar as coisas na cara um do outro. Ressuscitam erros do passado, evidenciam defeitos, tudo para ter munição para atingir o outro. É bem claro que essa atitude só agrava o conflito familiar. Quando estiver diante de um conflito familiar esvazie os bolsos de qualquer munição que possa ferir a outra pessoa. Não somos chamados para machucar, mas para curar pessoas. A Bíblia ensina que “Palavras agradáveis são como favo de mel: doces para a alma e medicina para o corpo.” (Pv 16:24). Aqueles que conseguem fazer uso de boas palavras em um conflito familiar têm muito mais chances de curar esse conflito do que aqueles que usam suas palavras como armas para ferir.
9-) Exercite o perdão
Dificilmente os conflitos familiares se resolverão se o exercício do perdão não acontecer. Por isso, esteja disposto a perdoar. Sem perdão a família tende a ruir diante dos conflitos, já que todos erramos em muitas coisas e acabamos atingindo o próximo de alguma maneira. Daí Jesus ensinar que devemos perdoar setenta vezes sete (Mateus 18:22). Daí Jesus ensinar que devemos orar para sermos perdoados, mas antes fazermos a nossa lição de casa que é perdoar os nossos devedores (Mateus 6:12).
10-) Use a oração
O ideal é que os conflitos familiares começassem a ser resolvidos com oração, mas sabemos que no calor da situação é difícil que isso aconteça. Mas no desenrolar do conflito precisamos incluir Deus como participante da solução. Por isso, acostume-se a convidar as pessoas a pedir a ajuda de Deus para a solução dos conflitos. Você vai se surpreender com o resultado de convidar um familiar para orar a fim de que resolvam a situação com a ajuda de Deus. Orar ajuda a acalmar os ânimos e a declarar perante Deus que se precisa de ajuda para resolver a questão. Se não for possível que a outra pessoa ore junto, ore sozinho, clame ao Senhor, peça sabedoria, direção, calma, enfim, tudo aquilo que você precisa e que está faltando para solucionar o problema.