ROMANOS CAPÍTULO 1: BREVE ANÁLISE BÍBLICA\TEOLÓGICA

 


Esboço


I. Introdução

a) Apresentação pessoal e saudação
b) Tema



II. O problema humano

a) A idolatria e a depravação dos homens
b) Deus entrega os homens aos seus próprios sentimentos reprováveis
c) Nossa natureza depravada e caída


I. Introdução

a) Apresentação pessoal e saudação

Paulo apresenta a relação entre a história, a humanidade e a divindade. O elemento histórico é o rei Davi. A questão humana é a descendência carnal de Cristo. O elemento divino é a declaração a sua filiação divina. Isso nos mostra que o evangelho está cravado no contexto humano de forma historicamente comprovada.

b) Tema

Depois de sua apresentação e saudação, Paulo começa a introduzir a mensagem. Notemos que ele preparou todo o cenário (histórico e divino) antes e começar. E enfatiza a necessidade de não termos vergonha de pregar o evangelho de Cristo.

Interessante é que Paulo sempre justifica suas afirmações com respostas doutrinárias,nunca com o costume da época. Quando ele afirma que não se envergonha ele responde o porquê: “pois ele é o poder de Deus para salvar todos os que crêem”. Se nós cremos nesse poder, então NÃO podemos ter vergonha de anunciar o evangelho!

No versículo 17, ele complementa: “Pois o evangelho mostra como é que Deus nos aceita: é por meio da fé, do começo ao fim. Como dizem as Escrituras Sagradas: Viverá aquele que, por meio da fé, é aceito por Deus.” (faz referência a Habacuque 2.4). Só podemos ser salvos através da fé. Se temos fé, então, não podemos ter vergonha de pregar o evangelho.


II. O problema humano

No desenvolvimento da epístola, Paulo vai falar do evangelho, mas os romanos poderiam perguntar: Para quê o evangelho? Este seria apresentado como um "remédio", mas, para isso, torna-se imperioso que a "doença" seja diagnosticada.

a) A idolatria e a depravação dos homens

v18-19: Nesse ponto Paulo mostra que a “Ira de Deus se revela do céu contra toda impiedade e perversão das pessoas que transformam a verdade de Deus em injustiça”. Os que agem dessa forma, fazem isso através da sua própria natureza de impiedade e perversão. E por causa disso não conseguem ver a prova da existência de Deus que está manifestada na natureza.

b) Deus entrega os homens aos seus próprios sentimentos reprováveis

v20-24: “Desde que Deus criou o mundo, as suas qualidades invisíveis, isto é, o seu poder eterno e a sua natureza divina, têm sido vistas claramente. Os seres humanos podem ver tudo isso nas coisas que Deus tem feito e, portanto, eles não têm desculpa nenhuma”. Está tudo visível e claro. Mas, por causa da natureza pecaminosa (impiedade e perversão) do ser humano, este nunca conseguirá ver sozinho esta verdade.

v25-27: Como resultado disso, o homem fica entregue aos seus próprios desejos carnais do coração. Manifestando tudo o que o pecado mandar fazer. Como resultado, temos por exemplo: a idolatria, a prática homossexual e os demais pecados. Vejamos o que Paulo diz:

Pelo que também Deus os entregou às concupiscências do seu coração, à imundícia, para desonrarem o seu corpo entre si; pois mudaram a verdade de Deus em mentira e honraram e serviram mais a criatura do que o Criador, que {é} bendito eternamente. Amém! Pelo que Deus os abandonou às paixões infames. Porque até as suas mulheres mudaram o uso natural, no contrário à natureza. E, semelhantemente, também os varões, deixando o uso natural da mulher, se inflamaram em sua sensualidade uns para com os outros, varão com varão, cometendo torpeza e recebendo em si mesmos a recompensa que convinha ao seu erro. ”(vs. 24-27)

Veja que os resultados originam-se dos desejos do coração do homem (opção de vida)!

c) Nossa natureza depravada e caída

v28-32: Através da nossa natureza depravada e caída, desprezamos a Deus. E isso nos leva às consequências dos nossos pecados.

Precisamos entender aqui o significado da palavra depravado. Biblicamente falando significa que o homem nasce sem a capacidade interior de glorificar a Deus. O que quero dizer com isso? Não há o conhecimento de Deus. Não há o desejo de glorificar a Deus. E nem pode! O pecado o impede de conhecer o Todo-Poderoso. É por causa disso que o conhecimento do evangelho é necessário. É a boa notícia de que Deus existe e que Ele quer nos salvar!

Fonte: Justificação pela Fé


Conclusão: É nesse cenário de depravação, imoralidade e corrupção que o evangelho redentor de Jesus Cristo se manifesta com o propósito de tornar possível aos homens a oportunidade de se arrependerem e serem reconciliados com o Senhor.


Apêndice de ROMANOS 1

Paulo começa se chamando de escravo (Gr doulos) de Jesus Cristo, termo no qual há dois antecedentes de pensamento: Paulo tinha preferência por chamar Jesus de Senhor (Gr. kurios), este termo se refere a quem tem a posse indiscutida de uma pessoa ou coisa, significa dono ou proprietário em um sentido mais próprio e absoluto. Outro sentido usado por Paulo para tal palavra era fazer referencia aos grandes homens de Deus na historia, como Moisés, Josué e etc. Paulo se refere a si mesmo como chamado para ser apostolo assim como todos aqueles que ouviram a voz de Deus e se dispuseram a fazer a sua soberana vontade. Paulo se descreve a si mesmo como separado para o evangelho de Deus (Gl 1.15). Alem de apresentar seus créditos, Paulo apresenta em seu esboço central o evangelho que prega centrado em Jesus Cristo (vs 3 e 4), com dois elementos em particular, a encarnação, no tocante a Jesus ser real e verdadeiramente homem e ele também vai falar da ressurreição, o fato de ser único está garantido para sempre pelo evento da sua ressurreição.

Comentário Bíblico Barclay