Em meio a toda esta eferverscência politica que tem agitado o país nesses últimos anos chegamos a mais um pleito eleitoral, disputa esta que tende a ser atípica e decisiva no tocante ao futuro da nação. As alianças e candidaturas estão formadas, o sistema que nos governa está se reinventando com o único e inequívoco proposito de dar manutenção a este projeto corrupto e maligno de poder que foi exposto através da operação lava jato, estimulando uma "revolta popular" e um desejo de "mudança" e "renovação". Porém, na prática nossas atitudes tendem a eleger mais do mesmo e os motivos (desculpas) são os mais diversos para tentar justificar o injustificável, nossas conveniências individualistas em detrimento de qualquer sentimento patriótico.
Olhando, em especial, para o eleitorado cristão evangélico me vem a lembrança de um hino antigo que diz o seguinte "Onde está aquele povo barulhento? Onde está que não se vê nenhum irmão? alguém com voz de lamento vai dizer neste momento, aquele povo foi embora pra Sião." Nos últimos anos o eleitorado evangélico tem ganhado uma expressiva importância no tocante ao resultado das urnas. No entanto, a mobilização da maioria das grandes denominação não tem representado seus valores cristãos bíblicos e sim seus "interesses partidários", temos fechado nossos olhos para injustiça, corrupção, cristianizando ideologias e politicas publicas contrárias ao evangelho de Jesus Cristo, apoiando e oramos em favor de criminosos condenados sem temor a Deus nem respeito a sua Palavra, isso quando não resolvemos lançar candidatos fantoches para representar os nossos anseios particulares efêmeros.
Nossa relação com o estado é de prostituição, pensamos em nos valer do sistema para crescer enquanto " igreja", onde na verdade o sistema e que esta se valento da nossa carnalidade e desvio da verdade para proclamar o reino das trevas, tragando a nossa consciência, nos fazendo apoiar voluntariamente suas bandeiras travestidas de estado democrático de direito.
Fomos chamados como igreja do Senhor para sermos a consciência do estado, lhe servindo como referencia fiel de justiça social e padrão moral. Temos uma missão profética de, com a nossa conduta, exercermos uma cidadania que manifeste os valores do reino de Deus. Não podemos apoiar nada e nem ninguém que não comungue de tais princípios, pois o que está em jogo não é apenas o que fazemos, mas principalmente quem somos, e aí é onde encontramos a raiz do problema. Aqueles que não comungam intimamente dos valores e princípios do reino de Deus são indiferentes as consequências de uma cidadania irresponsável. Jesus como homem não fugiu das suas responsabilidades enquanto cidadão quanto esteve entre nós, ele nos deu o exemplo nisto também, ele pagou impostos, ensinou sobre a importância de submissão as autoridades constituídas e como denunciar de forma legitima abusos de autoridade, não acabou com a desigualdade, não criou cotas, nem programas sociais, ele fez melhor, salvou o homem do pecado da justiça e do juízo, transformou sua natureza e o fez satisfeito nele para a glória do Pai das luzes. Este homem agora não somente tornou-se cidadão dos céus como abraçou uma nova conduta como cidadão desta terra, de inconformismo e denuncia, entendendo que não somente existe um proposito para sua existência como uma missão, lutar contra a tirania nos maldosos os chamando ao arrependimento.
Se somos maleáveis em nossa conduta no relacionamento com o poder publico, nos tornamos de igual forma responsáveis pela crise politica que aflige o nosso país e isso nos será cobrado do rigor pelo Senhor, precisamos despertar e tomar uma posição genuinamente cristã bíblica para com o nosso voto contribuirmos com o melhor para o nosso povo.
Não seja voto de cabresto, não apoie candidatos por ser fechamento da sua congregação, apoie e ajude a eleger quem tem compromisso com os valores e princípios do Reino de Deus.
Deus vos Abençoe!
Vicente Leão