Desde o início do culto cristão, entoavam-se
cânticos. Foi uma herança do judaísmo que os cristãos incorporaram ao seu
culto. Passagens como Efésios 1.3-14, Lucas 1.68-79, Lucas 1.46-55, 1 Pedro
2.21-24, Filipenses 2.6-11 e Colossenses 1.15-20 são exemplos de cânticos
citados pelos autores do Novo Testamento. Os cânticos eram entoados em
comunidade, nos cultos, como parte da liturgia e envolvia todos os
participantes. Além disso, tanto Marcos quanto Mateus registram que Jesus e os
discípulos saíram da última ceia, em direção ao Monte das Oliveiras, entoando
um cântico, dando mostras que entoar cânticos era prática comum entre os judeus.
A música tem uma função definida no culto: exaltar e adorar a grandeza de Deus. Toda letra cantada e melodia composta deve levar o povo a adorar a Deus. A música tem caráter didático, de maneira a levar o povo a guardar princípios bíblicos e as doutrinas fundamentais do cristianismo. O apóstolo Paulo recomendou, por duas vezes, que os cânticos fossem elemento de unidade do povo. Em Efésios 5.19, os cânticos são fruto de uma vida cheia do Espírito Santo, e na lista apresentada por Paulo aparece como consequência de um coração dedicado a Deus. Em Colossenses 3.16, Paulo exalta os cânticos como uma virtude a ser cultivada, fruto de uma vida que tem a Palavra de Cristo como alicerce.
A música tem uma função definida no culto: exaltar e adorar a grandeza de Deus. Toda letra cantada e melodia composta deve levar o povo a adorar a Deus. A música tem caráter didático, de maneira a levar o povo a guardar princípios bíblicos e as doutrinas fundamentais do cristianismo. O apóstolo Paulo recomendou, por duas vezes, que os cânticos fossem elemento de unidade do povo. Em Efésios 5.19, os cânticos são fruto de uma vida cheia do Espírito Santo, e na lista apresentada por Paulo aparece como consequência de um coração dedicado a Deus. Em Colossenses 3.16, Paulo exalta os cânticos como uma virtude a ser cultivada, fruto de uma vida que tem a Palavra de Cristo como alicerce.
Há, portanto, uma função clara da música no culto: exaltar e adorar a Deus. O músico disposto a tocar e cantar na Igreja precisa saber que tudo o que fizer é para exaltar e adorar a Deus. Não pode haver outra motivação, o músico na igreja é um instrumento para levar o povo o mais próximo possível da vontade de Deus. No momento dos cânticos os instrumentos devem ser ouvidos, mas os músicos não podem aparecer, quem deve aparecer é a comunidade, que unida aos instrumentos e às vozes do conjunto, exalta e adora a Deus. O conjunto de louvor não é uma banda, mas um grupo que faz parte de um corpo e como tal, deve servir a este corpo.
Qual a função do músico na Igreja? Parece ser uma pergunta de resposta óbvia: tocar um instrumento. Mas é mais que apenas tocar um instrumento, é conduzir a comunidade a exaltar e adorar a Deus. Esta função não é desempenhada de maneira exclusivista, ou seja, o músico não é uma pessoa à parte do restante da comunidade, ele faz parte dela e está nela para servi-la.
Assim quero que vocês façam o seguinte: Quando se reunirem no culto, cada um de vocês esteja preparado para fazer o que for proveito para todos: cantar um hino, ensinar uma lição, contar uma história, fazer uma oração, interpretar línguas. (1 Coríntios 14.26)
A recomendação de Paulo aos coríntios vale para nós hoje. Precisamos nos preparar para o que vamos fazer. Para isto, há o momento do ensaio, onde nos reunimos para preparar o momento de cânticos, sem deixar de lado aquilo que nos une: a fé em Cristo. Por isso a necessidade de um momento devocional, para compreendermos a vontade de Deus para nós, por isso oramos juntos e ensaiamos, de maneira a conduzir o povo a exaltar e adorar a Deus. O louvor não começa no culto, começa antes mesmo do ensaio, começa em nosso coração. A função dos músicos é mais que tocar, é expressar em suas vidas, dentro e fora do templo, as canções que tocam e cantam.
Por esta razão, testemunho é um requisito fundamental para o músico cristão. Não pode haver fogueira de vaidades nem estrelas. No louvor a Deus, a única honra, a única luz a brilhar é a de Deus. Ele é a razão de ser do cântico, da igreja, da vida de quem vem ao templo para exaltá-lo e adorá-lo. A função do músico é conduzir, de maneira genuína, a comunidade nos cânticos previamente ensaiados e escolhidos.
Que Deus nos abençoe
Rev. Giovanni Alecrim
Secretário de Música e Liturgia da IPI do Brasil