HOMENS DA CIÊNCIA REALMENTE NADA TÊM A VER COM A FÉ EM DEUS?


Há algum tempo que vem se dizendo que a ciência é antagônica à fé. Neste mundo cada vez mais pós-moderno, vemos surgir um novo tipo de agnosticismo e ateísmo: aquele que milita. Cada vez mais a crença em Deus é posta em cheque, e não é anormal que o cristianismo esteja bem no centro das prioridades a serem ´extintas´, pelos defensores da descrença, uma vez que é a religião predominante no mundo, e principalmente no Ocidente. Contudo, de algo faço necessário destaque: os ´cães de briga´ que afirmam que é preciso que se pregue a ineficácia de qualquer tentativa de se desvendar o que quer que seja sobre Deus (agnosticismo), ou os que dizem que ´qualquer coisa é válida, menos Deus´, deveriam esbravejar seus votos de protesto em países fechados a quaisquer tipos de diálogos com esses grupos. Mas, ao invés disso, vociferam cada vez mais alto justamente nos países que, paulatinamente, abandonam os preceitos de fé sobre os quais contruíram seus valores, no passado. Resultado: a maioria do Ocidente é ´cristã´ e caminha a passos largos para um estilo de vida que abdicará do que ´resta´ do bastião de civilidade que nos tornou o que somos, agora – uma idéia de Deus. Afirma-se, hoje, a altas vozes, que os que crêem em Deus são ´bitolados´, ´fanáticos´ e ´ignorantes´.
Este será o início de um ciclo de artigos que tenciono colocar no BLOG fazendo uma ´crítica aos críticos da fé´. Em um mundo aonde tudo é incriticável (menos o homossexualismo!..), os valores são mais facilmente trocados do que as camisas que pomos pela manhã, antes de irmos aos nossos trabalhos; num mundo aonde usa-se a lógica para assassinar a lógica; aonde dizer que tudo é relativo é o ´único absoluto´; num mundo aonde, forçosamente, uma ala ´pittbulliana´ de cientistas que falam mais sobre teologia e filosofia do que de suas especificidades, quero primeiramente, demonstrar que esta dicotomia forçada entre ciência e fé é fruto de um distanciamento aberrativo moderno, e pós moderno. Começarei com a lista de declarações de eminentes vultos do passado, nas diversas ciências. Mostrarei que a ciência não é inimiga da fé, inclusive do cristianismo, uma vez que a ciência moderna surge dentro do pensamento cristão. Confundir episódios isolados, como a ICAR defendendo que a terra não era redonda ou que não era o planeta que girava sobre si e ao redor do sol, não desmerece o cristianismo em si (observe que o “cristianismo” não é “ciência”). O pensamento medieval da ICAR e o da ciência da época (um misto de feitiçaria, astrologia e alquimia) não fazem jus ao avanço que eminentes cristãos (protestantes e católicos) deram às ciências da natureza e à Filosofia. Fugir disto é tentar fugir da História. E ninguém pode fugir da História. Penso que a lista que vos apresento não é composta de bitolados, fanáticos ou ignorantes…

Isaac Newton (1642-1727), fundador da física clássica e descobridor da lei da gravidade: “A maravilhosa disposição e harmonia do universo só pode ter tido origem segundo o plano de um Ser que tudo sabe e tudo pode. Isto fica sendo a minha última e mais elevada descoberta”.
Alessandro Volta (1745-1827), físico italiano, descobridor da pilha elétrica e inventor, cujo nome deu origem ao termo voltagem: “Submeti a um estudo profundo as verdades fundamentais da fé, e […] deste modo encontrei eloqüentes testemunhos que tornam a religião acreditável a quem use apenas a sua razão”.
André Marie Ampère (1755-1836), físico e matemático francês, descobridor da lei fundamental da eletrodinâmica, cujo nome deu origem ao termo amperagem: “A mais persuasiva demonstração da existência de Deus depreende-se da evidente harmonia daqueles meios que asseguram a ordem do universo e pelos quais os seres vivos encontram no seu organismo tudo aquilo de que precisam para a sua subsistência, a sua reprodução e o desenvolvimento das suas virtualidades físicas e espirituais”.
H. C. Oersted (1777-1851), físico dinamarquês, descobridor de uma das leis do Electromagnetismo: “Cada análise profunda da Natureza conduz ao conhecimento de Deus”.

Karl Friedrich Gauss (1777-1855), alemão, considerado por muitos como o maior matemático de todos os tempos, também astrônomo e físico: “Quando tocar a nossa última hora, teremos a indizível alegria de ver Aquele que em nosso trabalho apenas pudemos pressentir”.
Agustín-Louis Cauchy (1789-1857), matemático francês, que desenvolveu o cálculo infinitesimal: “Sou um cristão, isto é, creio na divindade de Cristo como Tycho Brahe, Copérnico, Descartes, Newton, Leibniz, Pascal […], como todos os grandes astrônomos e matemáticos da Antigüidade”.
H. Madler (1794-1874), astrônomo alemão, autor do primeiro mapa selenográfico: “Um cientista sério não pode negar a existência de Deus, pois quem, como ele, pode penetrar tão profundamente a Sua oficina e admirar a Sua Sabedoria, só pode ajoelhar-se perante a grandeza do Espírito Divino”.
James Prescott Joule (1818-1889), físico britânico, estudioso do calor, do eletromagnetismo e descobridor da lei que leva o seu nome: “Nós topamos com uma grande variedade de fenômenos que […] em linguagem inequívoca falam da sabedoria e da bendita mão do Grande Mestre das obras”.
William Thompson Kelvin (1824-1907), físico britânico, pai da termodinâmica e descobridor de muitas outras leis da natureza: “Estamos cercados de assombrosos testemunhos de inteligência e benévolo planejamento; eles nos mostram através de toda a natureza a obra de uma vontade livre e ensinam-nos que todos os seres vivos são dependentes de um eterno Criador soberano.”
P. Sabatier (1854-1941), zoólogo alemão, Prêmio Nobel: “Querer estabelecer contradições entre as Ciências Naturais e a religião, demonstra que não se conhece a fundo ou uma ou outra dessas disciplinas”.
Arthur Eddington (1882-1946), físico e astrônomo britânico: “A física moderna leva-nos a necessariamente a Deus”.
Werner Von Braun (1912-1977), físico alemão radicado nos Estados Unidos e naturalizado norte-americano, especialista em foguetes e principal diretor técnico dos programas da NASA (Explorer, Saturno e Apolo), que culminaram com a chegada do homem à lua: “Não se pode de maneira nenhuma justificar a opinião, de vez em quando formulada, de que na época das viagens espaciais temos conhecimentos da natureza tais que já não precisamos crer em Deus. Somente uma renovada fé em Deus pode provocar a mudança que salve da catástrofe o nosso mundo. Ciência e religião são, pois, irmãs, e não pólos antitéticos”. “Quanto mais compreendemos a complexidade da estrutura atômica, a natureza da vida ou o caminho das galáxias, tanto mais encontramos razões novas para nos assombrarmos diante dos esplendores da criação divina”.
Fr. Von Huene (1875-1969), geólogo e paleontológico alemão: “Essa longa história da vida que aos poucos se vai erguendo em escala ascensional, é, precisamente, a história da criação do mundo dos viventes. É a ação de Deus que tudo planeja e concebe, dirige e sustenta”.
M. Hermann (1876-1962), Diretor do Instituto de Biologia Max Plank: “Os resultados da mais desenvolvida ciência da natureza ou da Física não levantam a mínima objeção à fé num Poder que está por trás das forças naturais e que as rege. Tudo isto pode aparecer mesmo ao mais crítico pesquisador como uma grandiosa revelação da natureza, levando-o a crer numa todo-poderosa Sabedoria que se acha por trás desse mundo sábio”.
Friedrich Dessauer (1881-1963), alemão, biofísico e filósofo da Natureza, fundador da terapia das profundidades por meio de raios Roentgen e da Biologia dos quanta: “O fato de que nos últimos setenta anos o curso das descobertas e invenções nos interpela poderosamente, significa que Deus o Criador nos fala mais alto e mais claro do que nunca mediante pesquisadores e inventores”.
J. V. Liebib (1803-1873), químico alemão fundador da química agrícola: “A grandeza e a sabedoria infinita do Criador só são acessíveis àquele que se esforça para ler os seus pensamentos nas entrelinhas do grande livro a que chamamos Natureza”.
Albert Einstein (1879-1955), físico judeu alemão, criador da teoria da relatividade, Prêmio Nobel 1921: “Todo profundo pesquisador da natureza deve conceber uma espécie de sentimento religioso, pois ele não pode admitir que ele seja o primeiro a perceber os extraordinariamente belos conjuntos de seres que ele contempla. No universo, incompreensível como é, manifeste-se uma inteligência superior e ilimitada. A opinião corrente de que eu sou ateu, baseia-se sobre grande equívoco. Quem a quisesse depreender de minhas teorias científicas, não teria compreendido o meu pensamento”.
Edwin Couklin (1863-1952), biólogo norte-americano: “Querer explicar pelo acaso a origem da vida sobre a terra é o mesmo que esperar que um dicionário completo possa ser o resultado da explosão de uma tipografia”.
Max Plank (1858-1947), físico, alemão, criador da teoria dos quanta, Prêmio Nobel 1928: “Para onde quer que se dilate o nosso olhar, em parte alguma vemos contradição entre Ciências Naturais e Religião; antes, encontramos plena convergência nos pontos decisivos. Ciências Naturais e Religião não se excluem mutuamente, como hoje em dia muitos pensam e receiam, mas completam-se e apelam uma para a outra. Para o crente, Deus está no começo; para o físico, Deus está no ponto de chegada de toda a sua reflexão. (Gott steht für den Gläubigen em Anfang, fur den Phystker am Ende alles Denkens)”.
H. Spemann (1869-1941), zoólogo alemão, Prêmio Nobel 1935: “Quero confessar que, durante as minhas pesquisas, muitas vezes tenho a impressão de estar num diálogo em que meu interlocutor me aparece como Aquele que é muito mais sábio. Diante desta extraordinária realidade … o pesquisador é sempre mais tomado por uma profunda e reverente admiração”.
J. Ambrose Fleming (1849-1945), físico britânico: “A grande quantidade de descobertas modernas destruiu por completo o antigo materialismo. O universo apresenta-se hoje ao nosso olhar como um pensamento. Ora o pensamento supõe a existência de um pensador”.
Guglielmo Marconi (1874-1937), físico italiano, inventor da telegrafia sem fio, Prêmio Nobel 1909: “Declaro com ufania que sou homem de fé. Creio no poder da oração. Creio nisto não só como fiel cristão, mas também como cientista”.
Thomas Alva Edison (1847-1931), inventor no campo da Física, com mais de 2.000 patentes: “Tenho… enorme respeito e a mais elevada admiração por todos os engenheiros, especialmente pelo maior deles: Deus”.
J. V. Uexküll (1864 – 1944), biólogo alemão: “Quem reconhece um plano, um objetivo, uma finalidade e uma intenção na Natureza, reconhece também a existência do Criador”.
Outros expoentes da ciência na pós-modernidade e sua fé.
Allan Sandage, durante toda a sua vida se aplicou à pesquisa dos astros: “Foi a minha ciência que me levou à conclusão de que, o universo é demais complexo para poder ser explicado pela ciência. É somente por meio do sobrenatural que posso compreender o mistério da existência”.
Robert John Russell, fundou em 1981 o Centro de Teologia e Ciências Naturais no Graduate Theological Union em Berkeley, EUA: “Em vez de solapar a fé e os valores espirituais, as descobertas cientificas oferecem-lhes suporte”.
Prof. John Polkinghorne, físico na Universidade de Cambridge, e que se tornou presbítero anglicano em 1982: “Se alguém toma consciência de que as leis da natureza de­vem ser incrivelmente certeiras para produzir o universo que vemos, ve­rifica que o universo não teve origem por acaso, mas deve haver um projeto a regê-lo”.
Carl Feit, biólogo cancerologista da Yeshiva University de Nova loque: “O fato de que a mente humana pode penetrar os mistérios do universo, significa que algo do ser humano está em harmonia com a mente de Deus”.
Profa. Jocelyn Bell Burnell, astrônoma, pesquisadora das estre­las ditas pulsars. Trabalha na Open University da Inglaterra e é membro da Sociedade Religiosa dos Amigos (Quakers): “A falta de fé nos deixa sós e apavorados diante do futuro”. “A minha fé não me impede de cultivar a ciência em toda a amplidão dos hori­zontes científicos”.
Fred Hoyle, astrônomo britânico, outrora ateu: “A existência de Deus pode ser provada com probabilidade matemática de 10 elevado a 40000”.
Edward Mitchell, astronauta da Apolo 14, um dos primeiros homens a pisar na Lua, afirmou: “O Universo é a verdadeira revelação da divindade, uma prova da ordem universal da existência de uma inteligência acima de tudo o que podemos compreender”.
Derek Harold R. Barton, ganhador do Prêmio Nobel de Química de 1969: “Deus é verdade. Não há incompatibilidade entre ciência e religião. Ambas estão buscando a mesma verdade. A ciência mostra que Deus existe.”
Arthur L. Schawlow, ganhador do Prêmio Nobel de Física de 1981. “… eu encontro uma necessidade por Deus no universo e em minha própria vida … Somos afortunados em termos a Bíblia, e especialmente o Novo Testamento, que nos fala de Deus em termos humanos muito acessíveis, embora também nos deixe algumas coisas difíceis de entender.”
B. Vollmert, biólogo alemão, afirmou: “Atribuir o encadeamento das unidades da molécula de DNA ao acaso é uma hipótese absolutamente improvável (1/10 elevado a 1000)”. Este número ultrapassa em muito o imaginável. A ciência fala de uma quase impossibilidade quando se refere a 1/1050. Como termo de comparação: o número de átomos existente no cosmos é de 10 elevado a 83!”. “A probabilidade de se passar de um grau de evolução a outro superior por um crescimento casual é de 10 elevado a menos 40 000.”.
William Daniel Phillips, ganhador do Prêmio Nobel de Física de 1997. “Muitos cientistas são também pessoas com uma fé religiosa bastante convencional. Eu, um físico, sou um exemplo. Creio em Deus como Criador e como Amigo. Isto é, creio que Deus é pessoal e interage conosco.”
Fontes: Ed. Cléofas
Fé e Ciência

E antes que se pense que estou usando o “argumento da autoridade“, reexplico que a intenção de colocar todos estes nomes em lista não foi validar a crença, mas rebater aos que afirmam que ciência e religião são inimigas históricas, ou que homens da ciência nada têm a ver com a fé. Tais premissas críticas são infundadas. Não sou eu, mas a própria História que retira-lhes a suposta autoridade.

Em Cristo Jesus,
Pr. Artur Eduardo